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Estado de Minas Online ( Economia ) - MG - Brasil - 31-10-2015 - 09:21 -   Notícia original Link para notícia
Juro do consignado também aumenta

Teto da taxa no crédito pessoal passa para 2,34% e, no cartão, para 3,36%. Especialistas recomendam cautela


O Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) aprovou novos limites para as taxas do crédito consignado, ou seja, com desconto em folha de pagamento, para aposentados e pensionistas do INSS. Para empréstimo pessoal, o teto passa de 2,14% para 2,34% ao mês. Já para empréstimos feitos pelo cartão de crédito, vai de 3,06% para 3,36%. A mudança só valerá após a publicação no Diário Oficial da União, o que está previsto para os próximos dias. O aumento pedido por bancos e financeiras em maio era maior, com a justificativa de que as taxas deveriam acompanhar o cenário econômico atual: para 2,48% (consignado) e 3,49% (cartão). O Ministério do Planejamento apresentou a contraproposta aprovada.










Com a alta das taxas de juros para empréstimos consignados destinados a beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o nível de endividamento dos aposentados, que não para de crescer, deve aumentar. E os idosos devem ficar atentos para não comprometer ainda mais o orçamento. Dados do Banco Central apontam que até setembro os segurados da Previdência Social já deviam R$ 85,7 bilhões as instituições financeiras, um recorde. No ano, o volume total de recursos emprestados nessa modalidade de financiamento cresceu 11,2%. Educadores financeiros alertam que os interessados em contratar esse tipo de crédito devem ficar atentos para não cair em armadilhas.






Atualmente, os aposentados já podem comprometer até 35% do salário com empréstimos consignados. Em setembro, o Congresso Nacional aprovou a Medida Provisória nº 681 que elevou de 30% para 35% o limite de renda do trabalhador que pode ser comprometida com essas operações. Pelo texto foi definido que o limite adicional de 5% deve ser destinado, exclusivamente, para o pagamento das despesas contraídas por meio de cartão de crédito.






Na avaliação da professora da Fundação Getulio Vargas (FGV) Myrian Lund, por mais que as taxas do consignado sejam menores que as das demais modalidades de crédito, elas também são um perigo para orçamento dos aposentados. Conforme ela, como a maioria dos pensionistas do INSS vive com no máximo R$ 4.663,75, valor que corresponde ao teto de benefícios, qualquer comprometimento do orçamento com parcelas provoca uma queda brutal de renda, por um período prolongado. "Muitos fazem compromissos por três ou cinco anos e tem que viver com esse aperto", detalhou.

Cuidados Myrian ainda recomendou que os beneficiários do INSS usem o consignado somente se tiverem uma emergência e, se possível, façam uma poupança para momentos de necessidade. A educadora financeira explicou que como os custos de vida sobem na velhice, sobretudo as despesas com saúde, é necessário que os idosos administrem o orçamento com bastante cuidado. "Fazer empréstimos para ajudar a família pode ser uma dor de cabeça. É necessário planejamento e rigor com a renda para evitar sustos", comentou. A educadora financeira Teresinha Rocha também alertou que os aposentados não devem contratar empréstimos consignados para consumir. "Bens de consumo ou até mesmo imóveis não devem ser alvo dos beneficiários do INSS porque a renda da maioria se limita a aposentadoria. Por isso, o consignado deve ser usado somente em uma emergência", sugeriu.





Crédito caro pode elevar inadimplência de beneficiários do INSS, que devem R$ 85,7 bi aos bancos


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