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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 29-10-2015 - 10:53 -   Notícia original Link para notícia
Pesquisa da CDL-BH confirma retração nas vendas no varejo

Natal não deve conseguir reverter resultados negativos


Na incerteza da melhora do cenário econômico e da resolução da crise política, o consumidor tem deixado de ir às compras e o comércio tem amargado prejuízos. Na capital mineira, as vendas apresentaram retração de 2,41% no acumulado de janeiro a agosto deste ano. O levantamento foi divulgado ontem pela de Belo Horizonte (-BH). E a previsão é de que o setor encerre o ano com resultado negativo.

"O Natal não deve conseguir sustentar a recuperação das vendas ao longo do ano. 2015 está difícil, mas já passamos por crises piores", diz a economista da -BH Ana Paula Bastos. A expectativa não é otimista devido ao quadro recessivo do País e que contribui na mudança do comportamento do consumidor, que demonstra sensação de desconfiança em meio à alta de juros, desemprego e inflação. Na comparação de agosto de 2015 ante o mesmo mês de 2014, houve queda de 2,23% nas vendas e de 0,77% em relação a julho deste ano.

Ana Paula ressalta que o belo-horizontino mudou o padrão de consumo com prioridade de compras de itens básicos e essenciais, deixando de lado os supérfluos. "As pessoas têm economizado o máximo que podem. Também evitam compras a longo prazo". A economista diz ainda que parte dos consumidores já se encontra em situação de endividamento e que, sem renda, deixam de comprar.


Retração - No ranking dos setores que apresentaram maior queda nas vendas, o de veículos novos e usados e peças foi o campeão com retração de 5,94%, seguido por máquinas, eletrodomésticos, móveis e louças (-5,37%); tecidos, vestuário, armarinho e calçados (-5,13%); ferragens, material elétrico e de construção (-2,95%) e papelarias e livrarias. Na contramão da retração dos negócios, o setor de drogarias, perfumes e cosméticos foi destaque em vendas, com alta de 3,41% no acumulado do ano.

Em relação ao Natal, Ana Paula relembra que a data tem um apelo emocional forte e que mesmo em meio à atual conjuntura econômica as pessoas não deixam de se reunir e trocar presentes, mesmo que sejam lembrancinhas. E para não perder a chance de fazer bons negócios, a economista recomenda criatividade, principalmente em termos de decoração de vitrines, o que atrai atenção dos consumidores.

Como este ano grande parte das empresas vai manter o atual quadro de profissionais sem contratações temporárias, a economista diz que a aposta no atendimento é essencial.


Palavras Chave Encontradas: Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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