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O Globo Online (RJ) ( Economia ) - RJ - Brasil - 24-10-2015 - 12:43 -   Notícia original Link para notícia
Levy nega pedaladas no Orçamento deste ano

Para ministro, chance de reação em 2016 'não é nada
desprezível'


O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, negou ontem no Rio que o governo esteja usando pedaladas fiscais na administração dos recursos deste ano. O ministro evitou responder perguntas sobre o Orçamento de 2015 e enfatizou os esforços da pasta, em sua gestão, para o reequilíbrio das contas públicas.



AÍLTON DE FREITAS/22102015 Recuperação. Levy voltou a defender a reforma do PIS/Cofins e a importância de o país voltar a crescer logo


- Não há pedalada - disse, em rápida entrevista à saída de uma mesa redonda sobre energia no hotel JW Marriott, no Rio. - Estamos preparados para enfrentar despesas do passado que nós já temos tratado. Ao longo desse ano, temos pago despesas de anos anteriores. Isso é normal toda a vez que se faz um reequilíbrio. Você faz esse trabalho para botar a casa em ordem e seguir em frente.


O ministro evitou falar das cifras do déficit fiscal que será enviado ao Congresso, que têm variado entre R$ 50 bilhões e R$ 70 bilhões, revendo as metas do Orçamento de 2015. Ele se limitou a falar sobre sua gestão à frente da Fazenda, fatores externos e a turbulência política.


- Ao longo deste ano, tem havido reavaliação das condições da economia por várias razões. Razões desde a evolução do preço do petróleo e por conta do quadro político. - justificou. - Estamos sentindo que a economia tem desenvolvido bem mais devagar do que esperávamos.


CLAREZA FISCAL


Além das pedaladas, as contas deste ano foram afetadas pela queda na arrecadação, afirmou o ministro:


- Isso (o lento desenvolvimento da economia) tem tido um impacto na arrecadação, pela diminuição da atividade econômica e pela disposição das empresas de pagar impostos. Isso se reflete numa situação fiscal menos favorável do que gostaríamos. Temos feito ações para reforçar. Muitas dependem de decisão legislativa.


E finalizou:


- Temos de ter a coragem e a determinação para tomar todas as medidas necessárias para o Brasil crescer. A começar por um Orçamento do ano que vem transparente e seguro, com as receitas necessárias para o Brasil entrar na rota do crescimento.


Pela manhã, Levy participou do X Encontro Nacional de Administradores Tributários, em São Paulo. Lá, voltou a bater na tecla da importância de o país voltar a crescer o quanto antes.


- A economia já tem respondido a medidas tomadas no início do ano e, superadas algumas turbulências, haverá uma recuperação importante, e a arrecadação vai responder de maneira positiva - disse o ministro.


Levy observou ainda que a disposição das pessoas de responder à nova realidade da economia é muito grande. Para ele, uma "clareza fiscal" é indispensável para a atividade se recuperar.


- Agora elas estão retraídas por outros fatores, mas acredito que o potencial de crescimento de nossa economia está presente, e a possibilidade de recuperação no ano que vem não é nada desprezível - disse o ministro.


DEFESA DA REFORMA DO PIS/COFINS


Levy defendeu a reforma do PIS/Cofins argumentando que o objetivo é simplificar o sistema tributário, sem aumento de arrecadação. Para isso, o governo quer acabar com a cumulatividade desses tributos na cadeia de produção. Segundo o ministro, há inúmeras maneiras de o país continuar trabalhando na simplificação tributária.      


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