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Portal O Tempo ( Economia ) - MG - Brasil - 22-10-2015 - 11:03 -   Notícia original Link para notícia
Hábito em supermercado teve mudança forçada

Associação mostra que 51,5% dos clientes compram marcas próprias


Juliana Gontijo


A crise está mudando os hábitos dos consumidores é o que mostra a Pesquisa de Hábitos de Consumo dos Frequentadores de Supermercado em Belo Horizonte - feita com 650 pessoas -, e divulgada nesta quarta durante a Superminas, no Expominas, em Belo Horizonte. "O mercado vem mudando. Só que agora é uma mudança forçada por causa da atual fase da economia brasileira", observa o superintendente da Associação Mineira de Supermercados (Amis), Adilson Rodrigues. Nos últimos três meses, 35% dos consumidores diminuíram as compras.


Para Rodrigues, com inflação mais alta e emprego em baixa, o consumidor está ainda mais sensível ao preço, o que vem ajudando a incrementar as vendas dos produtos de marca própria. Segundo o levantamento, 51,5% dos consumidores entrevistados têm o hábito de comprar tais produtos nos supermercados. O principal motivo para a escolha da marca própria, segundo 57,7% dos consumidores, são os preços baixos.


Segundo levantamento da Associação Brasileira de Marcas Próprias e Terceirização (Abmapro), as marcas próprias são mais baratas que as tradicionais de 15% a 20% e, em alguns casos, a economia pode chegar a 30%.


Com menos dinheiro para gastar, Rodrigues ressalta que o consumidor está cada vez mais atento às promoções. Entre os fatores de escolha de um supermercado, as ofertas tiveram 13,8% das menções neste ano, bem maior que em 1995 (10%).


E nem mesmo o Natal - considerada a melhor data do ano em vendas - vai fazer o consumidor colocar a mão no bolso, já que a maioria (43,5%) pretende gastar menos e 38,4% dos entrevistados devem manter o mesmo valor gasto em 2014.


O "pé no freio" no consumo vai funcionar até no Natal. É que a confiança do consumidor dos supermercados está em baixa. Numa escala de 1 a dez, a maior parte (32,1%) está pouco confiante na melhoria da economia para o ano que vem.


O presidente da de Belo Horizonte (-BH), , frisa que o consumidor agora só está comprando o necessário.


Editoria de arte  


Menos temporários contratados

Com vendas em baixa, os varejistas vão contratar menos temporários este ano, conforme levantamento divulgado nesta quarta pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio MG). Do total de 377 empresários entrevistados em Belo Horizonte, 19,1% irão utilizar esse tipo de mão de obra no fim desse ano. É o pior resultado dos últimos três anos. No ano passado, o percentual foi bem maior, de 33%. Em 2013, a intenção de contratar foi de 25,4%.

O economista da entidade Guilherme Almeida diz que os últimos resultados do comércio deixaram os empresários cautelosos. "Eles estão planejando mais suas ações e reduzindo custos para manter a competitividade, o que fez com que a maioria (68,7%) dos empresários do setor decidisse por não contratar temporários para o fim de ano", diz.

Nos supermercados, deve acontecer o mesmo, segundo o superintendente da Associação Mineira de Supermercados (Amis), Adilson Rodrigues. "A maioria não pretende contratar temporários", diz.
Ele conta que, como ainda há supermercados que devem ser inaugurados nos próximos 60 dias, a ideia é contratar pessoal fixo, que vai continuar no emprego logo depois das festas de fim de ano. No ano passado, os supermercados contaram com cerca de mil temporários. "Acredito que pode ser a metade disso ou até menos. O que dá para garantir é que o número será bem menor neste ano", frisou. 


Atrasados
Elevação
. Em setembro, as dívidas em atraso dos mineiros tiveram alta de 6,24%, na comparação com o mesmo mês de 2014. É o maior resultado dos últimos três anos, segundo a -BH.


Palavras Chave Encontradas: Bruno Falci, Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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