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Portal EM ( Gerais ) - MG - Brasil - 06-10-2015 - 06:00 -   Notícia original Link para notícia
Savassi vive clima de insegurança e região é a que tem menos câmeras do Olho Vivo

Não há previsão de aumento da vigilância eletrônica no local. Enquanto isso, criminosos causam medo a lojistas e transeuntes que denunciam furtos noturnos em estabelecimentos comerciais e até mesmo assaltos durante o dia.
Câmera de monitoramento na Rua Pernambuco com Tomé de Souza: região conta com apenas sete equipamentos (foto: Túlio Santos/EM/DA Press)
Enquanto os arrombamentos batem à porta das lojas da Savassi, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, e comerciantes cobram mais vigilância da Polícia Militar (PM), o centro comercial é o menos vigiado em relação a outras áreas de lojas na Região Central da cidade. Mesmo tendo intensa movimentação de pessoas e forte atividade financeira, a Savassi conta com a vigilância de apenas sete das 86 câmeras instaladas no interior do perímetro da Avenida do Contorno. Outras nove estão no entorno do Bairro Barro Preto. Pelo mapa da PM, a área de implantação dos equipamentos privilegia o Hipercentro, área que compreende o entorno da Rodoviária, praças Sete e Raul Soares, onde estão 70 olhos eletrônicos. Apesar de a própria PM admitir que o número de aparelhos na Savassi é irrisório para a região e de comerciantes e entidades civis cobrarem aumento da rede de monitoramento, a expansão ainda é algo distante. Enquanto isso, criminosos causam medo a lojistas e transeuntes que denunciam furtos noturnos em estabelecimentos comerciais e até mesmo assaltos durante o dia.
Atualmente, há duas iniciativas em andamento para aumento do número de câmeras em Belo Horizonte onde já existem 420 equipamentos instalados. Ambos têm previsão de serem concluídos até o início do ano que vem, no entanto, até o momento, a Savassi não está incluída na lista de locais para receber novos equipamentos.
O primeiro projeto é a transição da central de monitoramento do prédio do Centro de Operações Militares (Copom), da PM, na Praça da Liberdade, para a sede do 1º Batalhão de Polícia Militar (BPM), no Bairro Santa Efigênia, ambos na Região Centro-Sul da cidade. De acordo com o chefe do Centro Integrado de Comunicações Operacionais (Cicop), coronel Paulo Starick, há previsão de redimensionamento da rede. ?O número de câmeras na Savassi é insuficiente, ridículo e realmente precisa de muito mais?, afirmou o policial. ?Há possibilidade de mais equipamentos para a Savassi, mas por enquanto não há previsão?, acrescentou. O programa Olho Vivo foi implantado em 2004 e, naquela época, a Savassi estava na lista das primeiras áreas de implantação.
Por parte da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), o Projeto 183 refere-se a 183 novos pontos de captura de imagens (câmeras) em vias públicas, com investimento de R$ 13,9 milhões do Orçamento Participativo Digital (OP Digital). Mais uma vez, a Savassi está fora dos olhos da iniciativa, que vai abranger outros bairros da Região Centro-Sul, além das regionais Nordeste e Leste. O projeto está na fase de execução das salas de monitoramento nos batalhões responsáveis por estas áreas (22º, 1º e 16° BPMs) e na Guarda Municipal. De acordo com o contrato, a instalação deve ser concluída até o final deste ano e a operação no início de 2016.
Na avaliação do diretor do Conselho Savassi da de Belo Horizonte (-BH), Alessandro Runcini, o atual número de câmeras que monitoram o centro comercial deveria pelo menos dobrar ou triplicar. ?Precisamos de pelo menos 15 ou 20?, diz. Segundo ele, os arrombamentos noturnos haviam diminuído no mês passado após a prisão de uma quadrilha especializada nesse tipo de crime. Mas voltaram a ocorrer. Na madrugada da última sexta-feira, a vítima foi o estilista mineiro Ronaldo Fraga, após ter sua loja invadida por homens armados e encapuzados. Os bandidos levaram cerca de 40 peças, deixando um prejuízo de aproximadamente R$ 60 mil. Ao falar sobre o caso, Ronaldo Fraga destacou que o maior problema é a situação dos pequenos negócios. ?Os pequenos comerciantes cujas economias estão aplicadas no próprio comércio estão padecendo por falta de segurança. Os clientes estão indo embora, e não dá para acostumar com isso de forma alguma?, disse na ocasião.
GOSTO AMARGO Há três semanas foi a vez de Débora Assis, sócia-proprietária da Incomun, na Rua Tomé de Souza, sentir o gosto amargo de chegar no trabalho e encontrar a loja revirada por bandidos. ?Levaram tudo o que estava exposto, os computadores e algum dinheiro. Ainda picharam e defecaram na loja?, afirmou a empresária, que se diz angustiada com tanta violência. Na loja vizinha, a vendedora Letícia Pereira de Miranda, que trabalha no local há 12 anos, fala da crescente falta de segurança no local. ?Há três meses a loja foi arrombada e levaram as bolsas mais caras. Trabalhamos com a porta sempre fechada, porque aumentou muito o número de assaltantes?, conta.
De acordo com a PM, a corporação mantém policiamento fixo e itinerante na região que conta com viaturas de várias setores, além do patrulhamento e monitoramento do Olho Vivo. A comandante do Setor Savassi do 1º Batalhão de Polícia Militar (BPM), tenente Luana Pontes, já afirmou que os crimes que ocorrem na região são pontuais e que a PM tem estratégias voltadas para a proteção de comerciantes, moradores e transeuntes que passam pelo lugar.


Palavras Chave Encontradas: Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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