Apesar de o comércio ter amargado resultados abaixo do esperado nas últimas datas comemorativas, os lojistas de Belo Horizonte acreditam em um resultado positivo e estão otimistas em relação às vendas do Dia das Crianças, comemorado no próximo dia 12. Segundo pesquisa da Câmara dos Dirigentes LojistasCâmara dos Dirigentes Lojistas (CDLCDL-BH), 71,5% dos entrevistados acreditam que o desempenho será igual ou superior ao registrado em 2014.

O levantamento está dentro das previsões da entidade, que estima leve aumento de 0,37% nos negócios fechados no período. Como reflexo, a expectativa é a de que o faturamento do setor salte de R$ 2,24 bilhões em 2014 para R$ 2,25 bilhões neste ano.

Entre os lojistas entrevistados, 36,8% acreditam que o desempenho de 2015 será mantido e, portanto, não aumentaram os estoques. Fizeram investimento maiores em mercadorias 34,7% dos comerciantes. O incremento foi menor, e, portanto, a expectativa é a de que as vendas sejam piores, para 28,5% dos entrevistados.

Na avaliação da economista da CDLCDL Ana Paula Bastos a quantidade de empresários pessimistas é alta. "O momento ma-croeconômico pelo qual passa o país é ruim e o lojista não pode ignorar essa informação. Mas o apelo emocional do Dia das Crianças é diferente", enfatiza. Ela afirma que os adultos entendem que ficarão sem presentes devido a uma situação econômica ruim, mas as crianças não. "Por isso, é comum os pais deixarem de investir em outras coisas para comprar nem que seja uma lembrancinha", completa a economista.

Ela ressalta, no entanto, que os lojistas devem ser criativos para atrair não só os pais, mas também as crianças. "O poder de escolha das crianças é enorme. Se o empresário criar um ambiente aconchegante, com decoração interessante, a possibilidade de vendas é maior", comenta.

Consumidor

Tudo indica que o Dia das Crianças será marcado pelas lembrancinhas. Segundo pesquisas da Fecomércio MG, 78,4% dos consumidores pretendem gastar menos ou a mesma quantia investida em 2014.

O tíquete médio previsto para a compra de presentes será de até R$ 50 para quase metade (49,5%) dos entrevistados, e de até R$ 100 para 27,5%. Entre os itens preferidos estão os brinquedos (38,1%), as roupas (24,7%) e os calçados (14,8%). Para não se endividar mais, a maioria dos consumidores (69,4%) dará preferência ao dinheiro e ao cartão de débito na hora do pagamento.

"O empresário não pode esquecer que quem paga as compras são os adultos, porém em grande parte, são as crianças que decidem que produto adquirir", Bruno FalciBruno Falci, Presidente da CDLCDL-BH. Fonte:  Hoje em Dia.