Presidente disse estar extremamente preocupada com a disparada da moeda

-NOVA YORK- A presidente Dilma Rousseff disse ontem que o governo está extremamente preocupado com a alta do dólar porque há empresas brasileiras endividadas em moeda americana. Ela afirmou que o Brasil tem reservas internacionais que podem ser usadas em momentos de crise. O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, na última quinta-feira, afirmou que poderia usar as reservas para frear a alta do dólar.

- O Brasil hoje tem reservas suficientes para que nós não tenhamos nenhum problema em relação a nenhuma disruptura ( sic) por conta do dólar. Estamos extremamente preocupados, porque tem empresas endividadas em dólar. Então, o governo terá uma posição bem clara e firme, como essa que o Banco Central teve ao longo da semana - disse Dilma em entrevista coletiva que concedeu na porta do hotel onde está hospedada em Nova York.

O dólar fechou a semana cotado a R$ 3,975, com queda de 0,42% na semana. A volatilidade foi intensa ao longo dos últimos dias. A cotação variou de R$ 3,885 a mais de R$ 4. O Banco Central fez leilão de US$ 1 bilhão em contratos de swap, que equivale a uma venda futura de dólares. O BC também fez leilão de linha, que é uma venda da moeda americana com o compromisso de recompra. Não usou reservas, mas é o que mercado espera depois que Tombini afirmou na última quinta-feira que poderia lançar mão dos recursos.

A presidente está em Nova York desde a última sexta-feira para participar da 70 ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU). Mais cedo, ela participou a reunião do G4 - grupo formado por Brasil, Índia, Japão e Alemanha.