Dos 97 empresários entrevistados, 36,8% acreditam que não haverá alta dos negócios ante mesmo período de 2014

O Dia das Crianças, em 12 de outubro, não deve ser tão celebrado por parte dos lojistas da capital mineira. A expectativa em relação às vendas não é otimista. � o que aponta levantamento feito pela Câmara de Dirigentes LojistasCâmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDLCDL-BH). Dos 97 empresários entrevistados, 36,8% acreditam que não haverá incremento dos negócios em relação ao mesmo período do ano passado, outros 28,5% apostam em desempenho menor no período. Já 34,7% esperam vendas melhores na data em comparação com 2014.

A descrença por parte do empresariado é atribuída à crise econômica, de acordo com o vice-presidente para Assuntos Econômicos, Davidson Luiz Cardoso. Ele explica que o comércio vem apresentando quedas sucessivas de vendas, inclusive nas datas comemorativas, como o Dia das Mães e Dia dos Namorados. "Além disso há uma série de outros fatores, como taxa de juros elevada, desemprego, inflação, queda do poder de compra da população, entre outros".

Cardoso relembra que a expectativa do comércio varejista é de encerrar este ano com retração nas vendas entre 0,5% e 1,5%. "Os resultados do primeiro semestre foram negativos. Mas, de qualquer forma, 12 de outubro tem apelo emocional grande, o que pode ser bom em termos de vendas para alguns lojistas".

Em relação sobre o que pode contribuir para impulsionar as vendas para o Dia das Crianças, 28,4% dos lojistas responderam que é o aumento na renda real dos trabalhadores. Já para 9,5%, a divulgação da loja ou do shopping onde estão instalados, crédito facilitado para a pessoa física (6,3%), liquidação (4,2%) e o fim da crise econômica (4,2%).

Crise - Perguntados sobre os fatores que podem prejudicar as vendas, 45,3% responderam que o motivo principal é a crise econômica e política. Já 31,6% acham que é a inflação alta, 12,6% o desemprego e 3,2% o aumento da inadimplência.

Em relação ao tíquete médio de compras para 12 de outubro, a estimativa é que fique em torno de R$ 120,18. Em 2014 o valor foi de R$ 108,74. A explicação é justificada pelo impacto da inflação nos produtos mais procurados para presentear a criançada.

Sobre a preferência do consumidor em termos de forma de pagamento, a maior parte dos entrevistados (49,5%) acredita que as compras serão feitas com cartão de crédito e parcelamentos em até quatro vezes. Na opinião de 29,5%, a opção será o dinheiro e 7,4% acreditam que as compras serão pagas no cartão de débito. Somente 1,1% dos lojistas acha que o pagamento será feito em apenas uma parcela no cartão de crédito, mesmo índice para o boleto bancário.

No ranking dos presentes mais procurados pelos consumidores para a data, as roupas aparecem em primeiro lugar para 67% dos empresários, seguidas dos brinquedos (19%), dos calçados (9,0%), kits infantis (1%), bombons/doces (1%) e enxovais (1%).

Como forma de atrair a clientela, 37,9% dos empresários vão apostar na decoração das lojas com balões e brinquedos. Outras estratégias apontadas pelos lojistas foram o atendimento qualificado (24,2%), preço/valor dos produtos e liquidação (14,7%), propaganda/publicidade (6,3%). Os 11,6% dos entrevistados ainda não definiram o que irão fazer.