Ao todo, a data - que é a quarta mais importante do calendário do varejo brasileiro - deve movimentar R$ 4,3 bilhões este ano

Comércio espera que vendas tenham queda real de 2,8%

São Paulo. O volume de vendas voltadas para o próximo Dia das Crianças deve ter seu pior resultado em 12 anos, segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC). A expectativa é que as vendas tenham queda real de 2,8% este ano, na comparação com 2014.

Ao todo, a data - que é a quarta mais importante do calendário do varejo brasileiro - deve movimentar R$ 4,3 bilhões este ano.

De acordo com a confederação, a manutenção do ritmo de consumo visto nos últimos anos é prejudicada pela contração do mercado de trabalho e principalmente pelo encarecimento do crédito.

"Cálculos da CNC baseados em dados do Banco Central relativos às condições de crédito revelam que as prestações decorrentes dos empréstimos e financiamentos contraídos pelos consumidores estão, em média, 7,7% mais caras que há um ano", diz a entidade por meio de nota.

Na divisão por segmentos, o de artigos de uso pessoal e doméstico deverá ser o único a apurar alta nas vendas ( 4,6%). Principal responsável pela venda de brinquedos e eletroeletrônicos, esse ramo deverá responder por 37,5% do faturamento do varejo com a data em 2015. A previsão da entidade é que os outros ramos influenciados pela data, como hipermercados (-2,8%), vestuário (-3,2%) e livrarias (-12,3%), registrem recuos em relação ao ano passado.

Otimismo. Em BH, a previsão vai na contramão da da CNC. As vendas, de acordo com a Câmara de Dirigentes LojistasCâmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDLCDL/BH), devem ter um leve crescimento. A previsão é de aumento de 0,37% em relação a 2014, o que deve injetar R$ 2,25 bilhões na economia da capital mineira.

No último ano, o Dia das Crianças fechou com crescimento de 1,32% em relação a 2013.