Foto: Portal PBH

A Câmara de Dirigentes Logistas de Belo Horizonte (CDLCDL/BH) afirma, nesta sexta-feira, que o comércio da capital não vai conseguir suportar o aumento nos custos provocado pelo reajuste das passagens de ônibus.

A tarifa aumentou 9,7% no dia 8 de agosto. O bilhete predominante, pago por cerca de 80% dos usuários, passou de R$ 3,10 para R$ 3,40.

Em nota, a entidade declara que o novo valor da passagem elevou os custos dos empresários em 20%. Levando em consideração o total de empresas de comércio em BH e a média de funcionários, o gasto mensal com transporte de funcionários chega a R$ 4,8 milhões ao todo. As micro e pequenas empresas são as mais prejudicadas, ressalta a CDLCDL.

Segundo o presidente da entidade, Bruno FalciBruno Falci, o aumento prejudica muito o varejo em um momento que já é difícil para o setor. "Se somarmos esse reajuste com a elevação de outras tarifas como água e luz, o impacto no caixa dos logistas é ainda maior", argumenta.

No comunicado, a CDLCDL salienta que quer compreender o reajuste. Para isso, enviou um ofício à BHTrans pedindo a divulgação da planilha de custos das empresas que justifique o aumento.

Reposta

Em nota, a BHTrans destaca que todas as informações sobre a revisão contratual das empresas de ônibus estão disponíveis no portal da transparência desde o primeiro estudo apresentados por elas.

"A empresa esclarece que a revisão tarifária decorreu dos estudos apresentados pelos Concessionários e analisados pelo Poder Concedente (Prefeitura de Belo Horizonte por meio da BHTrans), que indicaram a necessidade de reequilíbrio contratual, conforme previsto na cláusula 19. O aumento das passagens foi autorizado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais no dia 7 de agosto", informa a BHTrans.