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Estado de Minas Online ( Gerais ) - MG - Brasil - 04-09-2015 - 09:21 -   Notícia original Link para notícia
'Toque de recolher' após as 23h


Segundo texto, que ainda depende de sanção, depois das 23h mesas só poderão ficar sob estruturas com tratamento acústico


 


Bares e restaurantes de Belo Horizonte podem ser proibidos de manter mesas e cadeiras fora do estabelecimento depois das 23h, além de ser obrigados a encerrar shows ao vivo e música mecânica no mesmo horário. As medidas estão inseridas no Projeto de Lei 827/2013, de autoria do vereador Leonardo Mattos (PV), que acrescenta os dispositivos à Lei do Silêncio. A matéria foi aprovada ontem, em segundo turno, pela Câmara da capital. Agora, segue para o prefeito Marcio Lacerda (PSB), que pode vetar ou sancionar o texto.

Caso se transformem em lei, as restrições em relação à permanência de mesas e cadeiras nas áreas externas e à execução de músicas depois das 23h serão dirigidas a estabelecimentos que não tiverem tratamento acústico sob marquises, varandas ou toldos. "Recebi denúncias de moradores de vários bairros e eu mesmo já fui vítima disso. O problema está universalizado no município. Qualquer pessoa abre uma portinha, coloca som a toda altura, e não tem como fiscalizar", afirma Leonardo Mattos.

A previsão é de que estabelecimentos flagrados descumprindo as normas paguem multas já previstas na Lei do Silêncio, que variam de R$ 80 a R$ 30 mil. E o vereador já pensa em outras medidas para acabar com o barulho dos estabelecimentos e dos clientes. "Continuamos a ter problemas com os ruídos provocados pela entrada e saída de frequentadores, que é muito sério", diz.

Para o presidente Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Minas Gerais (Abrasel-MG), o número de leis que regem o setor é alto e elas muitas vezes atrapalham as atividades. "O que percebo é que uma lei se sobrepõe a outra. Se temos problemas com o barulho, que se cumpra a Lei do Silêncio e não se criem mais dispositivos que tirem recursos dos estabelecimentos. Temos bares que não estão próximos a residências e outros que têm mesas e cadeiras nas ruas, mas não têm barulho algum", diz Fernando Júnior, dizendo-se incomodado pela generalização dos textos.

Ainda conforme o presidente da Abrasel-MG, o excesso de regras empurra proprietários para a clandestinidade. "Hoje temos 65% de informalidade. Em um momento tão difícil, em que ouvimos tanto sobre fechamento de estabelecimentos, o meu sentimento é de que querem acabar com o título de capital dos bares, pelo qual é conhecida BH", desabafa, completando que há demanda de parte da população por serviços no horário noturno, e que o excesso de normas é prejudicial.


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