Agora, app de chamada de táxi passa a atuar em 10 cidades mineiras, além de Belo Horizonte

Nádia de Assis

Leo Tang: cerca de 70% dos taxistas mineiros estão cadastrados no sistema/Divulgação

O Easy Taxi, um dos primeiros aplicativos de táxi do País, continua expandindo sua presença em Minas Gerais. Neste mês (agosto), a empresa lançou o serviço em Poços de Caldas, na região Sul. Agora, o app atua em outras 10 cidades mineiras, além da Capital: Betim, Confins, Contagem, Ibirité, Lagoa Santa, Ribeirão das Neves, Santa Luzia e Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH); Juiz de Fora (Zona da Mata) e Uberlândia (Triângulo).

O CEO Brasil do Easy Taxi, Leo Tang, afirma que, embora não seja possível revelar a quantidade de usuários e a relevância de Minas Gerais para os negócios, o Estado será um dos principais focos da empresa neste ano e em 2016. "Acreditamos muito no potencial de Minas. Por isso, pretendemos apostar mais em ações de marketing para ampliar nossa base de clientes e atrair mais taxistas", revela.

Conforme ele, cerca de 70% dos taxistas mineiros estão cadastrados no sistema. Embora elevado, o índice é inferior ao do Rio de Janeiro e São Paulo, onde a média alcança 80%. Antes de ser cadastrado pelo aplicativo, a documentação do taxista é minuciosamente avaliada. Em seguida, os motoristas passam por um treinamento. Recentemente, foi disponibiliza ao usuário uma ferramenta por meio da qual ele avalia o serviço prestado pela motorista.

A definição dos novos locais de atuação é feita com base em uma equação que considera a quantidade de táxis e a demanda local. Sem revelar valores, Tang informa que o valor investido para levar o aplicativo a novas localidades varia de acordo com a região. "Não há um custo fixo, pois dependendo da área é preciso instalar um novo escritório e contratar colaboradores", diz. A empresa, por enquanto, mantém somente um escritório em Minas Gerais, instalado em Belo Horizonte.

Para Tang, contudo, o objetivo maior não é aumentar significativamente a quantidade de cidades atendidas, mas aprimorar a qualidade do aplicativo. Para isso, a empresa contratou, recentemente, um novo diretor de tecnologia, trazido diretamente do Vale do Silício, onde estão concentradas as sedes das maiores empresas de tecnologia do mundo.

Concorrência - Quando surgiu, em 2011, o Easy Taxi, que tem um mineiro, Tallis Gomes, entre seus quatro fundadores, era pioneira no serviço de conectar taxistas e usuários por meio de smartphone. Quatro anos mais tarde, novos aplicativos surgiram dipostos a conquistar uma fatia desse promissor mercado. Para Tang, o avanço da concorrência é positivo, pois fortalece o segmento e impulsiona a implementação de melhorias.

Já o Uber, polêmico serviço de motoristas particulares que também encontram passageiros por meio de um aplicativo de celular, não pode, na visão dele, ser considerado concorrente direto. "Ele (o Uber) oferece um produto diferente do nosso mas, de certa maneira, nos beneficia. Desde que surgiu, taxistas estão se mobilizando para melhorar os serviços oferecidos aos seus passageiros e, quanto melhor o serviço, mais pessoas recorrem a ele", avalia.


Mercado corporativo - Outra intenção do Easy Taxi é ampliar o atendimento ao mercado corporativo. Segundo Tang, mil empresas já utilizam o serviço no Brasil com o objetivo de reduzir custos com transporte. A economia é possibilitada através de uma plataforma na qual o diretor da empresa monitora os gastos de cada um dos funcionários.

Caso a ferramenta se popularize entre as empresas, as temerosas cooperativas poderiam entrar definitivamente em extinção. Tang, entretanto, acredita que os aplicativos sejam somente mais uma maneira do taxista reduzir o tempo ocioso e encontrar passageiros com mais facilidade.