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O Globo Online (RJ) ( Economia ) - RJ - Brasil - 28-08-2015 - 08:54 -   Notícia original Link para notícia
PIB americano leva otimismo aos mercados

Crescimento no 2º trimestre é revisado para 3,7%. Petróleo tem salto de 10%, e dólar cai 1,33%, a R$ 3,552


O PIB americano cresceu 3,7% no 2º trimestre. Com isso, o dólar recuou 1,33%, para R$ 3,552. A Bovespa subiu 3,64%. A revisão, para cima, do crescimento da economia dos Estados Unidos e a recuperação das Bolsas da China provocaram uma onda de otimismo nos mercados globais. Índices acionários de todo o mundo avançaram com força, o petróleo registrou a maior alta em três anos. No Brasil, o dólar comercial recuou 1,33%, maior queda em quase três semanas, a R$ 3,552. Já a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) subiu 3,64%, aos 47.715 pontos - um percentual que não era observado desde novembro de 2014.




ANDREW BURTON/AFPNova York. Operador acompanha a alta dos índices


A euforia começou na China, com o salto de 5,3% da Bolsa de Xangai devido à expectativa de novas medidas de estímulo por Pequim. E depois que o governo americano informou que a economia cresceu mais que o estimado inicialmente no segundo trimestre, os preços do petróleo começaram a subir. Segundo o Departamento de Comércio dos EUA, puxado por uma sólida demanda doméstica, o Produto Interno Bruto (PIB) avançou 3,7% entre abril e junho, na taxa anualizada, em vez dos 2,3% anunciados no mês passado. A revisão de 1,4 ponto percentual para cima mostra um forte impulso na economia, o que poderia permitir ao Federal Reserve (Fed, o banco central americano) aumentar as taxas de juros ainda este ano.


- Os investidores estão dando credibilidade ao BC chinês, uma aposta de que ele será capaz de sustentar o mercado de capitais do país. Há também um retorno do apetite para o risco, depois dos bons dados da economia americana. Quando isso acontece, as commodities são as primeiras a sentir o otimismo - afirmou Raphael Figueredo, analista da Clear Corretora.


Somou-se ao PIB americano o fato de, na quarta-feira, os EUA terem informado um aumento em seus estoques de combustível. Com isso, os preços do petróleo dispararam: o barril do WTI, negociado em Nova York, saltou 10%, para US$ 42,56. Foi o maior ganho desde março de 2009. O barril do Brent, em Londres, também avançou 10%, para US$ 47,56, segundo dados da Bloomberg.


Depois das fortes altas na Europa - Londres subiu 3,56%, e Frankfurt, 3,18% -, o otimismo tomou conta do mercado americano. O Dow Jones, principal índice da Bolsa de Nova York, avançou 2,27%, enquanto S&P 500 e Nasdaq tiveram alta de 2,43% e 2,45%, respectivamente.


Na Bovespa, a Petrobras foi um dos principais destaques, saltando mais de 11% graças à alta dos preços do petróleo. Foi o maior ganho diário da petrolífera desde 2 de fevereiro, quando rumores sobre a saída da então presidente, Maria das Graças Foster, fizeram a ação ordinária (ON, com direito a voto) disparar 14,24%.


O ganho foi generalizado: 62 das 66 ações do Ibovespa subiram. As ações da Petrobras subiram 11,28% (ON) e 9,62% (preferencial, PN, sem voto). A mineradora Vale, por sua vez, avançou 11,26% (ON) e 8,63% (PN), após o anúncio do acordo para a venda de uma mina de carvão desativada na Austrália para a Glencore e o Bloomfield Group, por valor não divulgado. O setor bancário também teve forte alta: Banco do Brasil subiu 3,55%, Bradesco avançou 2,45%, e Itaú Unibanco, 3,54%.


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