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Estado de Minas Online ( Cultura ) - MG - Brasil - 27-08-2015 - 09:46 -   Notícia original Link para notícia
Anna Marina- Correndo atrás



Houve época, depois do boom dos anos 1980, em que os confeccionistas confessavam honestamente ter sido salvos pelas sacoleiras daqui e do interior, que compravam diretamente nas fábricas para revender na capital ou em suas cidades. Muitas vinham até de outros estados. Elas foram a solução para a baixa demanda provocada pela inflação, sumiço do dinheiro e alta de custo, fatores que ajudaram a fechar implacavelmente pequenas grifes, conhecidas como fundo de quintal. Atualmente, a situação não é muito diferente: crescimento baixo, inflação furando o teto da meta, juros altos, câmbio disparando e investidores pessimistas. O primeiro semestre de 2015 não foi fácil. Empresários enfrentaram diferentes obstáculos para crescer este ano, que promete ser um dos mais fracos para o comércio.

Nesse cenário de incerteza, é comum as pessoas ficarem receosas e cautelosas em relação aos investimentos. Porém, muitos empresários decidem arregaçar as mangas e tentar reinventar a roda para conseguir bons resultados. A dica de consultores e especialistas é inovar, explorar a mudança como oportunidade para negócios ou serviços diferentes. Hoje, quem deixa de investir e fica parado tende a sofrer a competição e o interesse constante dos consumidores por novidades. Mais ainda: inovação é uma das grandes armas para enfrentar crises ou épocas de desaceleração. Seguindo a lógica de que recessão é sempre um cenário de conjunção, é importante atentar para tendências e demandas no seu setor, investindo em estratégias e ações diferenciadas.

Por esse motivo, a Cooperativa dos Consultores em Negócios de Moda de Minas Gerais (Coopermoda) traz à capital mais uma edição do BH à Porter - Moda em Movimento, o maior evento open de pronta-entrega do país, que começou na segunda-feira e vai até 11 de setembro.

Na realidade, a cooperativa é formada principalmente por antigos sacoleiros, que se uniram para se fortalecer. A expectativa da feira é movimentar o mercado confeccionista da capital, mantendo as vendas em alta. Na última edição, o BH à Porter gerou mais de R$ 3 milhões, atraindo 160 lojistas à cidade. Eles são recepcionados com todas as atenções: lojistas têm à disposição estrutura completa e contam com pontos de apoio na capital, guia fornecendo informações dos participantes e outras facilidades.

As visitas aos showrooms das marcas são guiadas por consultores, que ajudam a montar roteiros de acordo com o perfil do cliente. Estarão presentes no evento 100 marcas, além de cerca de 70 consultores. O BH à Porter conta com o apoio das maiores grifes e do Sindicato das Indústrias do Vestuário do Estado de Minas Gerais (Sindvest-MG).


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