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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 21-08-2015 - 10:29 -   Notícia original Link para notícia
Regularização de dívidas tem queda de 11,3% em BH

Elevação dos juros dificulta pagamento, aponta a CDLThaíne Belissa                              inCompartilharA-   A                                                     O SPC da -BH aponta o maior recuo na recuperação de crédito em cinco anos/Alisson J. SilvaA alta taxa de juros e o achatamento da renda do consumidor estão refletindo na regularização das dívidas em Belo Horizonte. De acordo com pesquisa divulgada ontem pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) da de Belo Horizonte (-BH), a recuperação de crédito na Capital caiu 11,3% em julho deste ano em relação ao mesmo mês em 2014. A queda é a maior dos últimos cinco anos.

O vice-presidente da -BH, Davidson Cardoso, explica que o aumento das taxas de juros é um dos principais responsáveis por esse cenário. Isso porque com os juros elevados, as dívidas ficam ainda maiores, dificultando seu pagamento. "Desde outubro de 2014, a Selic vem sofrendo aumentos. Então a dívida passa a não caber mais na renda do consumidor e ele deixa de pagar. Além disso, ele tem encontrado mais dificuldade na negociação do pagamento", afirma.

Além dos juros altos, o desemprego e a inflação afetam diretamente o bolso do consumidor, que está com sua renda cada vez menor. "Com menor poder de compra, muitos consumidores têm focado sua renda para a aquisição de itens de necessidade básica, deixando de quitar débitos antigos", explica. Cardoso destaca que esse comprometimento da renda tem afetado, inclusive, novas compras por parte do consumidor, o que também prejudica os lojistas.

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De acordo com o vice-presidente da entidade, o comércio na Capital teve uma queda de 2% no período de janeiro a julho deste ano em relação ao mesmo período em 2014. Ele afirma que uma série de fatores justificam essa queda, entre eles a incapacidade do consumidor de pagar suas dívidas e, conseqüentemente, se comprometer com novas compras. "Diante dessa situação, o comerciante precisa flexibilizar as negociações e reduzir as taxas de juros para que as pessoas recuperem o crédito e voltem a comprar", aconselha.

Considerando a comparação de julho com o mês anterior, o número de consumidores que regularizaram suas dívidas caiu 2,38% na Capital. Já no acumulado do ano, a recuperação de crédito apresentou queda de 7,14%. Segundo Cardoso, o recuo das taxas nos últimos meses está diretamente ligada à piora da economia, funcionando, portanto, como uma resposta ao acúmulo de indicadores negativos do cenário macroeconômico.



Mulheres - A pesquisa ainda revela que as mulheres são responsáveis pela maior parcela de dívidas liquidadas em julho, atingindo 52,4% do total. Segundo o vice-presidente da -BH, as consumidoras costumam regularizar mais seus débitos porque normalmente têm dívidas decorrentes de compras menores, o que facilita a liquidação.

Considerando faixa etária, a maior parcela de liquidação é a dos consumidores de 30 e 39 anos (26,5%). A menor taxa está na faixa etária de 18 a 24 anos (7,19%). A pesquisa também revelou a porcentagem de regularização de dívida nas demais faixas etárias: consumidores com idade entre 40 e 49 anos (23,36%); de 50 a 64 anos (22,32%); acima de 65 anos (11,18%) e de 25 a 29 anos (9,44%).



Palavras Chave Encontradas: Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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