Empresas investem na personalização de artigos pela internet para fidelizar o cliente

As sócias Martha Ribeiro e Sofia Hernández resolveram fazer da paixão por bolsas um negócio lucrativo


Quem nunca se frustrou ao ir a um evento e, de repente, encontrar alguém vestido exatamente igual a você? Ou com o mesmo sapato ou com a mesma bolsa? Pode parecer um detalhe, mas o desconforto é o suficiente para estragar a tão esperada noite. Esse é um dos motivos que fortaleceram o nicho dos produtos exclusivos, personalizados e customizados. Permitir que o consumidor crie o próprio produto é a forma de oferecer a desejada exclusividade e, especialmente, fidelizar o cliente.

A internet tornou essa relação viável e vantajosa, tanto para empresas quanto para os consumidores. Além da variedade de opções, é possível criar uma mercadoria única e em poucos cliques e recebê-la em casa. Na contramão da retração econômica, quem resolveu investir nesse mercado tem faturado alto, como as empresárias Sofia Hernández e Martha Ribeiro, donas da Mimsbags.

Amigas de infância, as duas resolveram fazer da paixão por bolsas um negócio lucrativo. Em 2014, elas criaram uma loja virtual de bolsas de couro personalizáveis. A startup já recebe pedidos de fora do Brasil e conta com cerca de 40 mil acessos mensais. "A ideia da Mims surgiu de uma necessidade de conseguirmos encontrar o que nós queríamos como consumidoras. Já trabalhava com empreendedorismo e estava sempre atenta ao que poderia ser criado de diferente. Martha é formada em desenho industrial e sou administradora. Então, uma poderia ajudar a outra nisso. Pesquisamos muito e vimos que era um nicho a ser explorado. Quem vende bolsa vende por meio de uma rede de franquia ou representante. Era difícil achar uma marca própria vendendo pela internet", conta Sofia.

No site da Mims Bags, os clientes criam suas próprias bolsas, que são confeccionadas à mão e levam o nome da cliente. Elas escolhem entre 12 modelos-base, a sua preferida. São 35 cores disponíveis e quatro variações de texturização (lisa, crocodilo, avestruz e animal print), além de diversos acessórios. As bolsas custam a partir de R$ 199 e o tempo de confecção é de quatro semanas.

Para iniciar o negócio, as amigas de infância investiram R$ 35 mil. "Foi para desenvolver a primeira coleção e investir em marketing. Aos poucos, fomos vendendo e sobrevivendo. Hoje, atendemos um público de 24 a 35 anos, com foco na classe B, e de todas as regiões do Brasil. Também vendemos para Portugal e França", menciona a empresária, que estima faturamento ambicioso para 2016: R$ 12 milhões.