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Portal O Tempo ( Economia ) - MG - Brasil - 16-08-2015 - 11:14 -   Notícia original Link para notícia
Informalidade volta com força - 03h00

Minas saiu de 104 mil empregos no primeiro semestre de 2014 para saldo negativo de 17,6 mil



Pilha. Paulo Soares mostra as 282 homologações feitas pelo sindicato dos metalúrgicos em 2015


Luiz havia trocado vida de autônomo por carteira, mas precisou retornar


Administradora, Hérica Martins pensa em fazer doces para vender%u2039%u203APUBLICADO EM 16/08/15 - 03h00


QUEILA ARIADNE


Itabira e Nova LimaEm um ano, os setores de comércio e serviços saíram do saldo positivo de 460 vagas em Itabira, na região Central do Estado, e 224 em Nova Lima, na região metropolitana, para saldos negativos de 1.037 e 944, respectivamente. As duas cidades, altamente dependentes da mineração, viram o desemprego subir e o movimento nas lojas despencar. O cenário, que ainda conta com consumidores empobrecidos pela falta de emprego e pela inflação corroendo a renda, anuncia a volta dos elevados índices de informalidade.


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Formada em administração, Hérica Adão Martins, 25, trabalhou durante um ano e dois meses como auxiliar administrativa em Itabira. No mês passado, foi mandada embora. Sem perspectivas de encontrar uma vaga em sua área, na atual conjuntura econômica, ela pensa em algo alternativo. "Estou pensando em vender comida, sei fazer doces bem", planeja.


"Quando tem retração na economia, o comércio se retrai, e a informalidade aumenta, tanto porque quem perdeu o emprego quer fazer algo ou porque quem está com a renda menor procura algum bico para complementar o orçamento", afirma o vice-presidente da (-BH), Marcos Innecco.


O problema, ressalta Innecco, é que o comércio sente a crise duas vezes. "É menos gente querendo comprar e mais gente para vender. Só que, na informalidade, essas pessoas não pagam impostos nem taxas, praticam preços menores e prejudicam quem é formal. Não temos mensurado o quanto já aumentou, mas o crescimento da informalidade é facilmente perceptível", afirma.


Sem emprego desde maio, são os bicos que têm sustentado Luiz Carlos Teixeira, morador de Itabira. Aos 46 anos, ele está fazendo o caminho inverso do que fez há cerca de três anos, quando optou por trocar a vida de autônomo pela carteira assinada. Ele, que dava aulas em um curso técnico de construção civil, agora voltou a colocar a mão na massa como pedreiro. "Do que mais sinto falta é a estabilidade, porque, para um pai de família, mais importante do que benefícios é a certeza de que você vai acordar todo dia e ter um lugar para ir trabalhar", destaca Teixeira.


De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), Minas Gerais saiu de um saldo de 104 mil empregos com carteira assinada no primeiro semestre do ano passado, para um saldo negativo de mais de 17,6 mil vagas formais fechadas. "É nesse ambiente de desemprego que a informalidade prospera", afirma o vice-presidente da .


Aperto


Repasse menor. De janeiro a julho de 2014, Minas Gerais arrecadou R$ 507 milhões do "imposto da mineração" (Cfem). Neste ano, no mesmo período, caiu para R$ 343 milhões.


Palavras Chave Encontradas: Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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