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O Globo Online (RJ) ( Economia ) - RJ - Brasil - 15-08-2015 - 11:31 -   Notícia original Link para notícia
Dólar comercial recua 0,88% e fecha cotado a R$ 3,483

Bolsa de SP cai aos 47.508 pontos, menor nível desde dezembro de 2014


Sem notícias fortemente negativas e em processo de ajuste após o recente movimento de alta, o dólar comercial encerrou o pregão ontem em terreno negativo. A moeda americana fechou cotada a R$ 3,483, recuo de 0,88%. Na semana, a divisa acumulou recuo de 0,77%. Já o Ibovespa, índice de referência de Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), caiu 1,04%, aos 47.508 pontos, menor patamar desde 15 de dezembro de 2014, quando fechou aos 47.018 pontos. Na semana, a Bolsa teve queda de 2,20%.


Para analistas, a queda está ligada mais a um movimento de ajuste do que de menor aversão ao risco. Os investidores teriam aproveitado a ausência de novas notícias negativas para embolsar os ganhos registrados recentemente. Além disso, pela manhã, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, reforçou que o Brasil possui reservas internacionais e o instrumento do swap cambial (que equivale a uma venda de moeda no mercado futuro) para lidar com momentos de volatilidade. Isso foi interpretado como sinal de cautela por quem opera apostando na valorização do dólar, já que uma intervenção do BC pode forçar os preços para baixo.


- Após as declarações de Tombini, a moeda começou a perder valor, em um claro movimento de desmonte de posições compradas no mercado futuro de dólar - disse Jefferson Luiz Rugik, analista da Correparti Corretora de Câmbio.


Alexandre Wolwacz, diretor da Escola de Investimentos Leandro & Stormer, lembra, no entanto, que esse movimento de correção pode não durar muito tempo, já que persistem as dúvidas sobre o ambiente político e econômico do Brasil.


TEMOR COM PROTESTOS


No exterior, a aversão ao risco em relação à Grécia e à China está menor, o que justifica a desvalorização do dólar. Mas os investidores estão atentos à economia americana. Os últimos dados de produção e inflação dos EUA vieram um pouco acima do esperado, mas não o suficiente para influenciar a cotação no Brasil. Com a recuperação americana, cresce a expectativa de aumento de juros pelo Federal Reserve (o BC do país), o que pode retirar recursos do Brasil e de outros emergentes.


O dollar index da Bloomberg, que afere a situação da divisa ante uma cesta de dez moedas, teve alta de 0,14% no fim do dia.


Todos os papéis mais negociados e com peso significativo no Ibovespa fecharam em queda ontem. A justificativa de analistas é a de que há um temor em relação às manifestações de domingo, que devem reforçar a queda de apoio da presidente Dilma Rousseff.      


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