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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 12-08-2015 - 12:24 -   Notícia original Link para notícia
Inadimplência cresce 5,47% em Minas

Levantamento do SPC junto às CDLs aponta aumento no atraso dos pagamentos das dívidas dos consumidoresIvana Andrade, especial para o DC                              inCompartilharA-   A                                                     Falci está pessimista em relação às vendas do Natal/Alisson J. SilvaO compromisso de quitação das dívidas está sendo deixado de lado pelos consumidores mineiros. Os atrasos nos pagamentos apresentaram alta de 5,47% em julho, se comparado com igual período do ano passado, e de 0,10% em relação ao mês anterior. o que revela levantamento do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) junto às câmaras de Dirigentes Lojistas (CDLs) de Minas Gerais.

A situação é justificada por diversos fatores, de acordo com o presidente da -BH, . A principal delas a retração da economia, "desdobramento da crise moral que o País vivencia desde o escândalo da Petrobras, que gerou aumento das contas de energia elétrica e dos combustíveis", afirma.

Ao fazer uma análise da atual conjuntura brasileira e do comportamento dos consumidores, Falci reforça que a renda da população vem sendo corroída. "Em Minas, por exemplo, houve uma queda de 14,32% em junho deste ano na equiparação com junho do ano passado. Se a massa salarial diminui, há aumento das dívidas", argumenta. Ele lembra que, se por um lado, houve reajuste do salário mínimo, por outro, houve aumento da inflação, além de redução de postos de trabalho.

Para o presidente da -BH, diante da "insegurança generalizada" sobre os rumos da economia, os consumidores não vão conseguir liquidar todas as dívidas assumidas neste semestre. "O povo não acredita mais na melhora do cenário econômico, nem na política e legislação brasileira. Então, prioriza os gastos essenciais e o pagamento de outras dívidas fica comprometido", avalia.


Equilíbrio - A expectativa é de que o índice de inadimplência continue em alta no Estado até o fim do ano. "O consumidor que deseja manter suas contas em dia precisa equilibrar suas contas, fazer reservas financeiras, adotar a educação financeira preventiva e privilegiar o pagamento à vista", recomenda Falci.

Em relação ao tempo de atraso da dívida, o intervalo que apresentou maior concentração de consumidores (16,91%) com pendências atrasadas foi o de até três a cinco anos. "Com o aumento dos juros, boa parte dos mineiros que consumiram, sem planejamento, e a longo prazo estão com mais dificuldade em negociar e quitar suas dívidas", ressalta Falci.

A pesquisa revela também o perfil dos consumidores endividados em Minas. A maioria dos devedores tem idade superior a 50 anos. A única faixa etária que apresentou queda no número de dívidas em atraso (-9,76%) abrange consumidores entre 18 e 24 anos.

Desanimado, o presidente da -BH não espera uma retomada da economia de forma acelerada. Também não acredita na recuperação das perdas do comércio neste semestre. "O governo não dá sinais de melhora da crise. Ele tem que tomar atitude. Só sinaliza cortes de gastos, mas está deixando de investir e ludibriar a população. O corte de gastos não deve ser apenas de 15%, mas de 40%, por exemplo, começando pelos ministérios", observa.

Falci diz também que, caso o governo tome atitude, o empresariado voltará a acreditar no País e a economia retomará o crescimento. Sobre o Natal, o dirigente também não está otimista em relação às vendas e contratações temporárias de mão de obra.

Para os consumidores, o recado é planejar sempre antes de fazer as compras e evitar uso de cartões de crédito e cheque especial, cujos juros são altíssimos. Já para os empresários, na hora das vendas, sempre fazer consulta sobre os consumidores junto aos bancos de dados, como SPC, para que tenham maior segurança de que o crédito será liquidado e possam recompor o capital de giro, sem ter prejuízos.


Palavras Chave Encontradas: Bruno Falci, CDL
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