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Valor Online ( Empresa ) - SP - Brasil - 06-08-2015 - 09:52 -   Notícia original Link para notícia
Riachuelo reduz meta de inaugurações até dezembro

A Riachuelo, varejista de moda pertencente ao grupo Guararapes, decidiu reduzir os seus planos de investimentos e abertura de lojas para o ano, após apresentar piora nos resultados durante o segundo trimestre. A previsão de investimento baixou de R$ 550 milhões para um valor entre R$ 450 milhões a R$ 500 milhões.


A meta de abertura de lojas foi reduzida de 40 para 30 unidades. Em 2014, a companhia investiu R$ 358,8 milhões e abriu 45 lojas. A Riachuelo fechou o segundo trimestre com 270 lojas, 13 a mais do que em junho de 2014.


Tulio Queiroz, diretor financeiro da Guararapes (controladora da Riachuelo), disse que a companhia também vai redobrar esforços para reduzir os estoques. No segundo trimestre do ano, os estoques da Riachuelo somaram R$ 1,03 bilhão, com alta de 49,6% sobre o segundo trimestre de 2014. "A companhia reconhece que teve problemas e está atuando para colocar a casa em ordem", afirmou Queiroz em apresentação para analistas.


Para o executivo, o maior problema da companhia foi a definição de uma "coleção pouco harmoniosa", com custos mais altos (devido ao maior volume de itens importados) e que agradou pouco os consumidores. As falhas na coleção, em um momento de retração generalizada do consumo no país, resultou em vendas fracas. A Riachuelo acabou fazendo mais promoções no segundo trimestre para desovar os estoques, o que resultou em perda de lucratividade.


No segundo trimestre, a receita líquida cresceu 17,9%, para R$ 1,33 bilhão. As vendas em lojas abertas há mais de 12 meses, tiveram incremento de apenas 0,2%. O lucro líquido caiu 40,1%, para R$ 74,6 milhões.


"Reduzir o estoque agora é fundamental para a boa operação da companhia", afirmou Queiroz. A redução, segundo o executivo, vai ser feita com mais rebaixamento de preços das coleções antigas e negociação com fornecedores.


Como efeito das liquidações, Queiroz prevê margens de lucro mais baixas até o fim do ano. "Vejo para o terceiro e o quarto trimestres um período de ajuste da operação. Este semestre vai ser bem difícil", disse. O executivo acrescentou que, em julho, ainda não houve sinais de mudanças no cenário para o varejo de moda.


Além de reduzir preços, a Riachuelo vai fazer mudanças na estratégia de compras e na negociação de prazos com fornecedores, para reduzir custos com estoques.


Outra previsão negativa da companhia refere-se à inadimplência. A Riachuelo espera um aumento na taxa de inadimplência do Cartão Riachuelo, dos atuais 6,2%, para 7,5% a 8% até o fim do ano. Queiroz disse que esses índices ainda são "confortáveis" para a companhia. E acrescentou que a varejista já fez mudanças para evitar perdas futuras, incluindo a redução no volume de crédito consignado, no limite de crédito dos clientes e no prazo de carência de 70 dias para as vendas a prazo.


No trimestre, a Midway Financeira teve lucro líquido de R$ 57,67 milhões, alta de 12,1%. A receita da operação financeira aumentou 49,8%, para R$ 357,61 milhões. A receita de comissões sobre "cartão bandeira" teve uma queda de 9,8%, para R$ 23,19 milhões, resultado do aumento nos gastos com provisionamento. A base de cartões da Riachuelo cresceu 10%, para 25,9 milhões de plásticos. O cartão Riachuelo respondeu por 47,6% das vendas no segundo trimestre, ante 44,7% em igual intervalo de 2014.


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