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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 06-08-2015 - 08:28 -   Notícia original Link para notícia
Pesquisa mostra que consumidor está evitando compra de bens duráveis

São Paulo - Taxas elevadas de juros, crédito mais apertado e o medo de eventual perda do emprego compõem o tripé que explica por que 70% das famílias paulistanas não pretendem adquirir, nos próximos meses, qualquer tipo de bem durável, conforme pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP).

Em termos absolutos, a federação ouviu 2,2 mil famílias entre os dias 26 de junho e 8 de julho. Deste total, 1.540 famílias reportaram a intenção de não despender recursos na compra de produtos como geladeira, fogão, TV ou carro. "De cada dez famílias consultadas, sete responderam que não pretendem comprar bens duráveis", reforçou o assessor econômico da Fecomércio Vitor França.

O índice que mede a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) recuou 7,5% em julho em relação a junho, passando de 81,7 pontos para 75,6 pontos e despencou 30,9% na comparação com julho do ano passado. O indicador varia de zero a 200 pontos, sendo que abaixo de 100 pontos é considerado insatisfatório e acima, satisfatório.

De acordo com a pesquisa, um dos itens avaliados na pesquisa - momento para duráveis - caiu 11,5% e atingiu 49,8 pontos no mês. "Trata-se do menor nível e da maior queda observados entre os sete componentes do índice", reiterou França. No comparativo anual, a pontuação está 42,7% abaixo do registrado em julho do ano passado.

O item perspectiva profissional teve a maior perda em termos de pontuação (-7,7 pontos), ao passar de 103,4 para 95,7 pontos. Esse resultado coloca o item, pela primeira vez, abaixo dos 100 pontos.

"Isso significa que a maioria das famílias paulistanas está pessimista em relação a alguma melhora profissional nos próximos seis meses", avalia o assessor econômico da Fecomércio, para quem o comportamento de compra das famílias, cada vez mais deteriorado, foi influenciado, ainda, pelo impacto negativo do desemprego.

Renda - A renda familiar, de acordo com a entidade, está visivelmente afetada pela inflação. Para agravar ainda mais o cenário, a dificuldade na obtenção de crédito e a alta dos juros se tornaram os principais vilões para quem buscava, nessa opção, uma alternativa para complementar o orçamento", afirma França.

A segunda maior queda percentual no mês foi a do item perspectiva de consumo (10,5%), que atingiu 58,1 pontos. Nível de consumo atual, com variação negativa de 5,4%, atingiu 53,2 pontos e está há 30 meses no patamar de insatisfação. Em julho, o item superou apenas o componente momento para duráveis.

A pesquisa da FecomercioSP apontou que as famílias com renda superior a 10 salários mínimos estão mais insatisfeitas com as suas condições econômicas. A pontuação deste grupo atingiu 69,2 pontos em julho contra 77,8 pontos das famílias de classe mais baixa. (AE)


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