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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Finanças ) - MG - Brasil - 05-08-2015 - 09:15 -   Notícia original Link para notícia
Itaú Unibanco lucra R$ 5,984 bilhões

Resultado do segundo trimestre é 22,1% superior aos R$ 4,899 bilhões do mesmo período de 2014



No semestre, o lucro do Itaú Unibanco somou R$ 11,717 bi, alta de 25,7% ante o ano passado (R$ 9,318 bi)/Divulgação


São Paulo - O Itaú Unibanco reportou ontem lucro líqüido de R$ 5,984 bilhões no segundo trimestre deste ano, cifra 22,1% superior à do mesmo intervalo do ano passado (R$ 4,899 bilhões). Ante o primeiro trimestre (R$ 5,733 bilhões) houve elevação de 4,4%. No primeiro semestre, o lucro líqüido do Itaú ficou em R$ 11,717 bilhões, aumento de 25,7% ante um ano, de R$ 9,318 bilhões.

O crescimento de abril a junho ante o trimestre anterior, segundo explica o Itaú em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras, é resultado de uma maior margem financeira com clientes e também do desempenho da operação de seguros. Por outro lado, explica o banco, foi registrada uma menor margem financeira com o mercado e maiores despesas operacionais.

A carteira de crédito total do Itaú Unibanco, que inclui avais e fianças, encerrou junho com saldo de R$ 566,556 bilhões, retração de 2,1% ante a cifra de março, de R$ 578,596 bilhões. Em um ano, quando os empréstimos somavam R$ 518,423 bilhões, foi identificada elevação de 9,3%. Quando calculado com base na conversão da carteira em moeda estrangeira (dólar e moedas dos países da América Latina), foi visto recuo de 1,0% e alta de 2,6%, nesta ordem.

Em ativos totais, o Itaú Unibanco somou R$ 1,231 trilhão ao final de junho, aumento de 10,7% perante o mesmo intervalo do ano passado (R$ 1,112 trilhão). Na comparação com março, quando estavam em R$ 1,295 trilhão, foi vista queda de 5,0%.

O patrimônio líqüido do Itaú totalizou R$ 100,711 bilhões de abril a junho, aumento de 17,1% em 12 meses e de 3,9% em relação ao trimestre imediatamente anterior. O retorno sobre o patrimônio líqüido médio anualizado (ROE) foi a 24,2% no segundo trimestre, estável na comparação trimestral e 0,9 ponto percentual maior em um ano.

O Itaú anunciou também lucro líqüido recorrente de R$ 6,134 bilhões no segundo trimestre, expansão de 23,4% ante idêntico período de 2014 (R$ 4,973 bilhões). Na comparação com o primeiro trimestre (R$ 5,808 bilhões) o avanço foi de 5,6%. O retorno (ROE) recorrente ficou em 24,8% ao término de junho contra 24,5% em março e 23,7% em um ano. No semestre, foi de 24,7% ante 23,1% em 12 meses.

De janeiro a junho, o lucro líqüido recorrente do Itaú somou R$ 11,942 bilhões, com crescimento de 25,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. A evolução desse resultado deve-se, de acordo com o banco, principalmente, à expansão do produto bancário, compensado parcialmente por maiores gastos com despesas operacionais e com provisões para devedores duvidosos, as chamadas PDDs.

Dentre os eventos não recorrentes no segundo trimestre ante um ano, o Itaú cita, em relatório que acompanha suas demonstrações contábeis, R$ 43 milhões de ajuste no valor de ativos para adequação ao provável valor de realização, R$ 86 milhões de provisão para perdas decorrentes de planos econômicos, amortização de ágio de aquisições feitas pelo grupo. (AE)


Banco deve reforçar foco em seguros


São Paulo - A operação de seguros é foco do Itaú Unibanco, que enxerga no ramo uma Àavenida" a ser explorada nos próximos anos, segundo Marcelo Kopel, diretor de Relações com Investidores. "Desde a venda da carteira de grandes riscos (para a Ace) no ano passado, estamos concentrando cada vez mais nossa operação na distribuição de produtos massificados nas rede de agências. O resultado vem evoluindo bem", disse.

Kopel admitiu ainda que o Itaú tem oportunidade de penetrar mais na base de clientes com a venda de produtos securitários. Sobre a venda da carteira de seguro de vida em grupo e o que sobrou da operação de garantia estendida - a Garantec, o executivo não quis comentar. "Estamos operando normalmente e focados. Não comentamos", disse.

Com cerca de R$ 600 milhões em prêmios, a carteira de seguro de vida em grupo do Itaú Unibanco tem valor patrimonial de R$ 180 milhões e a expectativa do banco, segundo fontes, é obter múltiplos de duas a cinco vezes esta cifra. O preço, porém, pode afastar algumas companhias do processo de venda, segundo executivos do mercado. Isso porque, além de a carteira do Itaú ter contratos fechados por corretores de seguros, que além de margens menores têm risco maior de não renovação quando o ativo mudar de mãos, existem outros negócios no bolo.

A Itaú Seguridade totalizou R$ 1,427 bilhão em prêmios ganhos no segundo trimestre, queda de 6,8% ante um ano. O banco destaca, em relatório, que, se consideradas apenas as atividades foco da instituição, foi registrado avanço de 10,3%, na mesma base de comparação, para R$ 1,043 bilhão.

Aumento - O lucro líqüido da operação de seguros do Itaú alcançou R$ 782 milhões de abril a junho, aumento de 4,6% em um ano. Nas atividades foco, o crescimento foi de 7,0%. O retorno recorrente anualizado de operações de seguros alcançou 90,9% no período, com aumento de 9,1 pontos porcentuais ante o trimestre anterior.

O índice de seguridade, que demonstra a participação do lucro líqüido recorrente de Seguros, Previdência e Capitalização em relação ao lucro líqüido recorrente do Itaú Unibanco, atingiu 12,7%, aumento de 0,4 ponto percentual em relação ao trimestre anterior.

Sobre a atividade do banco de investimento, o Itaú BBA, Kopel frisou que esse é um foco do banco e lembrou que a operação representa um canal fundamental de relação com as empresas de todos os grupos do País. " o nosso foco e desenvolvemos a operação de atacado de forma consistente ao longo dos anos. Evidentemente o mercado (de capitais) pode estar menos demandador e isso acaba gerando mais ou menos oportunidades de negócio", afirmou o executivo. (AE)


Índice de inadimplência avança e atinge 3,3%


São Paulo - O índice de inadimplência do Itaú Unibanco, que considera os atrasos acima de 90 dias, interrompeu uma seqüência de 11 trimestres de queda ao final de junho. O indicador subiu 0,3 ponto percentual na comparação com março, para 3,3%. Em um ano, porém, os calotes tiveram recuo de 0,1 ponto percentual.

O aumento da inadimplência foi motivado, conforme o Itaú, principalmente pelas pessoas jurídicas. "No trimestre, houve aumento no indicador de grandes empresas, concentrado em grupos específicos. No segmento de micro, pequenas e médias empresas houve redução no período", explica o banco, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras.

Os calotes acima de 90 dias das pessoas jurídicas subiram 0,4 ponto percentual em junho ante março, para 2,2%. Em um ano, também cresceu neste nível. Já o indicador de pessoas físicas teve alta de 0,1 ponto porcentual no trimestre e queda de 0,6 ponto em um ano.

A inadimplência de curto prazo, que considera calotes entre 15 e 90 dias, teve incremento de 0,1 ponto percentual no segundo trimestre ante o primeiro, para 3%. Em um ano, subiu 0,3 ponto percentual. "A elevação do índice (no trimestre) ocorreu em função dos crescimentos de 0,1 ponto percentual tanto no indicador de pessoas físicas quanto no indicador de pessoas jurídicas", justifica o Itaú.

As despesas com provisões para devedores duvidosos do Itaú, as chamadas PDDs, foram a R$ 5,520 bilhões no segundo trimestre, leve alta de 0,1% ante os três meses anteriores, de R$ 5,515 bilhões. Em um ano, quando esses gastos somavam R$ 4,465 bilhões, a alta foi de 23,6%. No semestre, as despesas com PDDs do Itaú foram a R$ 11,035 bilhões, elevação de 26,6% em um ano, de R$ 8,717 bilhões.

No término de junho, o saldo de PDDs foi a R$ 28,131 bilhões no segundo trimestre, recuo de 0,8% ante o primeiro trimestre, de R$ 28,354 bilhões. Em relação ao mesmo período do ano passado, quando estavam em R$ 24,547 bilhões, o aumento foi de 14,6%.

Previsão - O diretor de Relações com Investidores do Itaú Unibanco, Marcelo Kopel, disse que a inadimplência do banco deverá registrar leve subida neste ano, tanto em pessoa física quanto em pessoa jurídica. "A estratégia permanece a mesma, com o banco focando em recursos de menor risco e perfil de cliente mais alinhado com esse tipo de produto", disse o executivo, citando como exemplo o crédito consignado e o imobiliário.

Kopel disse ainda que já era esperado um aumento do índice de inadimplência. "Nós sinalizamos que vimos um aumento. Isso estava contemplado em nossa expectativa", destacou, lembrando que o cenário macroeconômico vivido pelo País mostra aumento do desemprego, o que afeta, assim, o aumento de calotes entre as pessoas físicas. Essa expectativa, destacou, é fruto de um ambiente mais fraco. O diretor de RI do Itaú destacou, por outro lado, que esse crescimento da inadimplência é algo "ligeiro e não abrupto". (AE)


Crédito imobiliário puxa crescimento


São Paulo - A carteira de crédito do Itaú Unibanco cresceu no segundo trimestre impulsionada, principalmente, pelos segmentos de menor risco como imobiliário e consignado. Juntos, os segmentos já representam mais de 40% do crédito do banco para pessoas físicas no Brasil.

Os empréstimos para pessoa física foram a R$ 205,411 bilhões no segundo trimestre, aumento de 1,8% em um ano, mas retração de 0,2% no trimestre. Imobiliário cresceu 9,9% e 5,2%, respectivamente. Consignado avançou 12,3% e 2,0%. Veículo recuou 17,8% em um ano e 9,7% no trimestre. Na pessoa jurídica, o crédito totalizou R$ 252,053 bilhões no segundo trimestre, aumento de 0,8%.

A carteira de crédito total expandida do Itaú, que inclui avais, fianças e títulos privados, apresentou elevação de 9,3% em 12 meses e alcançou R$ 566,6 bilhões em junho de 2015. No semestre, as carteiras dos produtos com inadimplência historicamente menor, imobiliário e consignado, tiveram aumentos de 20,8% e 52,3% em 12 meses, respectivamente.

"Hoje nossa carteira de crédito é menos volátil ao ciclo econômico do que era em 2012. A partir de então, decidimos focar em produtos de menor risco, e as carteiras de imobiliário e de consignado, que representavam 18,4% do total emprestado a pessoas físicas no Brasil, hoje representam 41,3%", destaca Marcelo Kopel, diretor de Relações com Investidores do Itaú Unibanco, em comunicado. O banco espera que a carteira de crédito total cresça de 3% a 7%. (AE)


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