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Valor Online ( Empresa ) - SP - Brasil - 05-08-2015 - 09:30 -   Notícia original Link para notícia
Dona da Centauro busca receita em sites parceiros

O grupo SBF, dono das lojas Centauro, By Tennis e Nike Store, começou neste ano a fornecer infraestrutura para criação e manutenção de sites de comércio eletrônico. A companhia criou duas lojas virtuais - a loja oficial do Flamengo, inaugurada em abril, e o Shopping Lance!, do jornal "Lance!", inaugurada em julho.


Gustavo Furtado, diretor executivo responsável pelo comércio eletrônico do grupo SBF, disse que a estratégia vai ajudar a companhia a atingir a meta de crescer 11% em comércio eletrônico neste ano, chegando a R$ 420 milhões de faturamento. A companhia prevê ampliar a receita total no país em 11,5% neste ano, para R$ 2,9 bilhões. Em 2014, o grupo registrou lucro líquido de R$ 46,3 milhões, ante prejuízo líquido de R$ 62,2 milhões em 2013. A receita líquida chegou a R$ 2,08 bilhões, com crescimento de 24% no ano.


"O grupo enxerga o modelo de operação de lojas de terceiros como um canal interessante para ampliar a receita", afirmou Furtado. No modelo desenvolvido pelo grupo SBF, a Centauro fornece a infraestrutura para as lojas virtuais, atendimento ao clientes, logística de estoque e distribuição. Os estoques de produtos são compartilhados, sendo que cada loja possui linhas de produtos exclusivos.


Na prática, as lojas funcionam como uma afiliada da Centauro, disse Furtado. A companhia paga para o Flamengo e para a Areté Editorial (grupo Lance) uma comissão sobre as vendas feitas nas lojas virtuais. "Cada loja virtual traz uma audiência diferente, mas que também é um público alvo da Centauro, na internet e nas lojas físicas", afirmou Furtado.


Para os novos lojistas on-line, a abertura de sites com infraestrutura de um parceiro torna possível gerar receita nova sem a necessidade de um investimento inicial alto. Furtado disse que o grupo SBF negocia com outros clubes e marcas esportivas a abertura de mais lojas virtuais até o fim do ano.


Oferecer infraestrutura de comércio eletrônico para outras empresas é uma estratégia desenvolvida há alguns anos pelas concorrentes Netshoes e Dafiti. A Netshoes começou a fazer isso em 2008, com a loja oficial do Corinthians. Atualmente, a companhia oferece o serviço para 20 lojas de clubes de futebol e marcas esportivas. "Na América Latina, 172 milhões de torcedores passaram por essas lojas. Essa frente atrai novos consumidores e parcerias de marketing", disse Marcelo Chammas, diretor comercial da Netshoes. Sem citar números, ele disse que o serviço representa uma fatia relevante da receita da Netshoes.


A Dafiti também oferece o serviço há três anos para marcas de moda. Malte Huffmann, sócio da Dafiti, disse que a empresa administra 30 lojas nesse modelo. Algumas são abastecidas com o estoque da Dafiti e outras, pelas fabricantes - como a Grendene, por exemplo. A receita gerada com o serviço representa menos de 10% do faturamento total da Dafiti, que no ano passado foi de R$ 592 milhões. Huffmann disse que, apesar da retração do consumo no país, o varejo on-line ainda cresce, seguindo o aumento do número de pessoas com acesso à internet.


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