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O Tempo ( Economia ) - MG - Brasil - 05-08-2015 - 10:28 -   Notícia original Link para notícia
Comércio aguarda um Dia dos Pais fraco em vendas

Juros altos e inflação afastam clientes das lojas na capital



Segundo comerciantes, será difícil repetir os resultados de 2014


Inflação e juros altos, além do receio do desemprego estão reduzindo as compras do consumidor. E nem mesmo as datas comemorativas estão sendo capazes de evitar queda no comércio. A de Belo Horizonte (-BH) está prevendo recuo de 1,02% nas vendas para o Dia dos Pais, pior resultado dos últimos 12 anos. A última vez que a data contabilizou recuo nas vendas na comparação com o ano anterior foi em 2003, quando a retração foi de 3,4%.



Nem o Dia das Mães, considerada a segunda data do varejo, conseguiu fazer com que o brasileiro colocasse a mão no bolso em maio. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o recuo nas vendas chegou a 4,5% em relação ao mesmo período de 2014, maior queda em 12 anos. Em Belo Horizonte, a previsão era de alta de 0,21%.


A empresária Elisabeth Kuster Rosa que atua no varejo feminino e masculino de vestuário diz que as vendas no Dia das Mães registrou queda na casa dos 20% na comparação com igual data no ano passado. "O consumidor está preferindo não comprar, mas quando compra procura o produto mais em conta", diz. Além de duas unidades da loja Luva de Pelica, ela começou a atuar neste ano no segmento masculino com a LP Camiseiro. Ela conta que o estoque está enxuto para o Dia dos Pais. "Sou otimista. Afinal, já passamos por outras crises. Agora, no momento, o consumidor está retraído", avalia Elisabeth.


Sentimento semelhante tem o gerente da loja Klus, unidade Shopping Cidade, Reginaldo Adriano Silva. Ele ressalta que o consumidor está cauteloso e procurando comprar mais lembrancinhas. Silva conta que até ontem as vendas para o Dia dos Pais não deslancharam. E diante do cenário de crise, as apostas do gerente são de empate ou até mesmo de uma pequena queda nas vendas em relação ao ano passado. "Se empatarmos, será um bom resultado", afirma o gerente.


A recepcionista Dayane de Jesus é uma das consumidoras que colocou o "pé no freio" este ano. "Está tudo muito caro. No ano passado, dei uma camisa e uma calça para o meu pai. Neste ano, será uma camisa", diz.


O vice-presidente da -BH, Marco Antônio Gaspar, observa que, em média, o consumidor deve gastar R$ 105,67, um pouco a mais que em 2014 (R$ 103,47).


Palavras Chave Encontradas: Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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