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Estado de Minas Online ( Gerais ) - MG - Brasil - 29-07-2015 - 08:48 -   Notícia original Link para notícia
Proibido descer

Proibido descerPlano de mobilidade da BHTrans inclui fechar a Rua Cláudio Manuel na Praça ABC e desviar trânsito pela Piauí e Getúlio Vargas. Justificativa é melhorar travessia de pedestres e circulação



Praça ABC, onde há cruzamento das avenidas Afonso Pena e Getúlio Vargas: descida pela Rua Cláudio Manoel não será possível em breve


Descer a Rua Cláudio Manoel e atravessar as avenidas Getúlio Vargas e Afonso Pena, no Bairro Funcionários, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, é mais um dos movimentos tradicionais no trânsito da capital mineira que está com os dias contados. A BHTrans pretende fechar em breve a Cláudio Manoel na Praça Benjamin Guimarães, conhecida como Praça ABC, desviando esse fluxo para a Rua Piauí e para a Avenida Getúlio Vargas. O objetivo é diminuir um tempo de semáforo no cruzamento da praça e concluir as adequações no eixo Afonso Pena previstas no Mobicentro, projeto de mobilidade voltado a aumentar a segurança dos pedestres. Ontem, começaram a valer as alterações da segunda fase do programa, com as inversões de sentido de um quarteirão da Rua Curitiba e outro da Rua dos Tupinambás, ambos no cruzamento com a Afonso Pena. Como as obras necessárias para viabilizar as novidades só ficam prontas em 15 dias, houve dúvidas e reclamações. Até 15 de agosto, a terceira fase entrará em operação, com outra medida de impacto: a proibição de virar à direita na Praça Sete, tanto na Avenida Amazonas quanto na Afonso Pena.

"Depois que terminarmos a terceira fase, vamos reprogramar os semáforos da Afonso Pena para diminuir o tempo de espera dos pedestres e fazer as mudanças na Praça Benjamim Guimarães. É a última intervenção no corredor da Afonso Pena", disse o superintendente de Implantação e Manutenção da BHTrans, José Carlos Ladeira. Na prática, a Rua Cláudio Manoel será fechada na praça com uma espécie de calçadão, o que já ocorre em outras vias. Nesse último quarteirão antes do fechamento, o tráfego funcionará em mão dupla e vagas de estacionamento serão criadas dos dois lados, todas em 45 graus, segundo a BHTrans. O fluxo de descida da Cláudio Manoel terá que entrar à direita, na Rua Piauí. Hoje, esse quarteirão é mão dupla, mas passará a ser mão única em direção à Avenida Getúlio Vargas. "Nesse ponto da Piauí com Getúlio Vargas será necessário fazer uma abertura no canteiro para o trânsito chegar até a avenida. Quem descia a Cláudio Manoel e pegava a Afonso Pena subindo para o Mangabeiras não terá mais essa possibilidade. O mais certo será pegar a Contorno para sair na Afonso Pena", explica Ladeira.

Ainda sem ter certeza do real impacto das mudanças, a população se divide sobre a novidade. O taxista José Antônio Guimarães, de 57 anos, que trabalha em um ponto na Praça ABC, está otimista. "Acho que deve melhorar, porque sempre temos que esperar muito nesse cruzamento até completar os ciclos do semáforo e chegar de novo a nossa vez", afirma. Outro taxista, Wilson Vieira, de 61, já não sabe se a nova configuração vai resultar em melhoria. "Resta saber se a Getúlio Vargas vai suportar o tráfego da Cláudio Manoel. De qualquer forma, nos horários de pico não adianta. Independentemente do que a BHTrans fizer, a confusão será grande", diz. O auxiliar administrativo Frederico Leonard, de 33, diz que pode ser uma boa saída. "Tem dia que a fila na Cláudio Manoel se estende muito, talvez pode ser uma tentativa de resolver isso", disse.


confusão na CURITIBA O primeiro dia da nova configuração do trânsito das ruas Curitiba e dos Tupinambás, no Hipercentro de BH, foi marcado por problemas por causa da sinalização temporária. Objetos como caixas de plástico, telas e cones, que estão substituindo as ilhas e extensões de calçadas que serão construídas, confundiram motoristas e pedestres. Em meio às sinalizações temporárias, havia gente andando para todos os lados. Com as mudanças, a Rua Curitiba não segue mais direto desde a Afonso Pena. O quarteirão entre a avenida e a Tupinambás teve a mão de direção invertida. A mesma mudança ocorreu no quarteirão da Tupinambás entre a Afonso Pena e a Curitiba, sendo que não é mais possível atravessar a Afonso Pena vindo da Tupinambás em direção à rodoviária.

Uma das pessoas que acabou perdendo essa possibilidade é o motoboy Wellington Paulino, de 37. Funcionário de uma loja de eletrodomésticos na esquina da Curitiba com Tupinambás, ele conta que usava o antigo acesso para já cair na Afonso Pena, em direção ao Complexo da Lagoinha. "Agora terei que dar uma volta bem grande pra retornar na Afonso Pena. Perdemos uma saída rápida e motoboy conta com rapidez para ganhar dinheiro", afirmou.

Segundo José Carlos Ladeira, da BHTrans, a demanda por esse tipo de movimento é pequena. O novo acesso ainda pode ser feito pela Tupinambás, porém, com saída à esquerda na Avenida Olegário Maciel e entrada à direita na Rua dos Caetés. Dali em diante o motorista pode ir à rodoviária ou à saída para as avenidas Pedro II e Antônio Carlos. Sobre a confusão do primeiro dia, Ladeira disse que a dificuldade do início é inevitável. "As intervenções têm que ser feitas com a nova configuração funcionando. Esse tipo de mexida não é como um carimbo, em que eu paro a cidade, tiro todas as pessoas e implanto em uma noite todas as modificações. A previsão é de que em 15 dias as obras estejam concluídas", completou.

Dos três principais eixos do Mobicentro, dois já foram implantados. As mudanças se estendem aos cruzamentos da Afonso Pena com Espírito Santo e Tupis e também às alterações que começaram a valer ontem. Na terceira fase entrarão em vigor as proibições de entradas à direita entre as avenidas Amazonas e Afonso Pena, cuja previsão é até 15 de agosto. Logo depois virá o ajuste pontual da Praça ABC, finalizando o corredor Afonso Pena. Segundo a BHTrans, as mesmas modificações serão aplicadas nos corredores Amazonas (entre Contorno e Praça Raul Soares) e Bias Fortes, além da região da Savassi. As intervenções ainda estão em fase de projeto.


 


Palavra de especialista


Silvestre de Andrade, 
consultor em transporte e trânsito


'Essa movimento para reduzir a quantidade de tempos de semáforo em grandes cruzamentos é uma tendência usada na engenharia de tráfego para melhorar as interseções. Quando você diminui um tempo, você tem mais possibilidades, inclusive para os pedestres. O principal objetivo é criar condições para uma circulação melhor e diminuir os riscos em uma travessia. Com mais tempo, o pedestre tem mais segurança. É comum as pessoas estranharem a mudança, num primeiro momento, principalmente em rotas muito tradicionais (caso das praças Sete e ABC). Porém, quando as pessoas se acostumam novamente, o novo percurso fica automatizado e a tendência é as coisas voltarem ao normal.A circulação pode melhorar'


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