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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 28-07-2015 - 10:02 -   Notícia original Link para notícia
CDL-BH acredita em vendas melhores neste ano para a data

Motivo foi o fraco desempenho dos negócios em 2014



Sem perspectiva em relação à economia, consumidor está deixando de ir às compras/Alisson J. Silva


O fraco desempenho das vendas do Dia dos Pais no ano passado está elevando o otimismo do comércio varejista em relação à data neste exercício. Pesquisa realizada pela de Belo Horizonte (-BH) com 139 lojistas da Capital indica que 56,83% dos entrevistados esperam aumento nos níveis de comercialização de 2015 frente a 2014. Os lojistas que esperam vendas piores totalizam 31,65%, e para 10,79% a expectativa é de desempenho igual a 2014.

Segundo o vice-presidente da entidade Marco Antônio Gaspar, o resultado foi uma surpresa, mas se justifica pelo baixo volume de vendas registrado na data do ano anterior. Com isso, segundo ele, mesmo diante do cenário ruim da economia, os empresários estão otimistas com o desempenho dos negócios até o próximo dia 9 de agosto.

"Apesar da menor relevância em relação às demais datas, o Dia dos Pais é uma oportunidade para os lojistas incrementarem as vendas, sobretudo, na conjuntura atual, em que o desempenho tem ficado muito aquém das expectativas", explica.

Apesar disso, a previsão para a data é a pior dos últimos 12 anos, com queda nas vendas de 1% em relação ao ano anterior. De acordo com a -BH, no período, o comércio deve movimentar cerca de R$ 1,8 bilhão, contra R$ 1,82 bilhão no ano anterior.

Conforme a pesquisa, o tíquete médio de compras deve ficar em torno de R$ 101,05. No ano anterior, o valor do presente foi de R$ 81,56. Para o vice-presidente da /BH, a elevação justifica-se pelo aumento no nível dos preços. Ainda de acordo com Gaspar, é também a inflação que preocupa a não confirmação do aumento dos negócios no período.


Cenário - "O cenário está ruim. A combinação de alta dos preços, juros elevados, desemprego e menor renda da população não está colaborando com o comércio e poderá, mais uma vez, frustrar os lojistas", avalia.

Tanto que a inflação elevada é o fator que mais pode prejudicar as vendas, segundo 38,85% dos entrevistados. Em seguida aparecem: o desemprego (24,46%); crise econômica/política (18,71%); outros (5,04%); juros altos (4,32%); mídia negativa (2,16).

Por outro lado, a maioria dos lojistas (30,22%) acredita que a mudança de estação e a chegada de novos produtos devem aquecer as vendas no Dia dos Pais. Para 20,14%, o que deve ajudar o comércio são as liquidações de inverno. Os demais fatores são: aumento da renda real dos trabalhadores (17,99%); outros (15,11%); redução dos juros e inflação/fim da crise econômica (5,76%); crédito facilitado para pessoa física (5,04%).

Ainda assim, ofertas e promoções serão as apostas da maior parte dos empresários da capital mineira (33,09%), para intensificar as vendas do período. A decoração (23,02%) e o atendimento qualificado (15,11%) vêm logo em seguida como opções de estratégias. Outros 5,04% investirão em propaganda e publicidade e 2,16% em campanhas. Os lojistas que ainda não decidiram qual estratégia utilizar totalizam 12,95% dos entrevistados, e 2,88% não utilizarão nenhuma estratégia.

Roupas, pijamas e ternos devem ser os itens mais procurados pelos consumidores, segundo 41,01% dos empresários. Os demais presentes serão: calçados (20,14%), outros (9,35%); artigos diversos como cartões, caneca, garrafa térmica, chocolates (7,19%); relógios (5,76%); perfumes e cosméticos (4,32%); carteira, cinto, meia, cueca e gravata (3,6%); material esportivo e camisa de time (3,6%).


Para Fecomércio-MG, lojista está desanimado com as vendas do Dia dos Pais


Os varejistas mineiros estão desanimados com relação às vendas para o Dia dos Pais. O pessimismo para o período está alinhado com o desempenho que o setor vem amargando ao longo desse ano: até o momento, todas as datas comemorativas de 2015 obtiveram resultados aquém do esperado. O Dia das Mães, por exemplo, considerada a segunda melhor data para o comércio, foi o pior dos últimos nove anos.

De acordo com a pesquisa divulgada ontem pela Federação do Comércio do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG), apenas 28,1% dos empresários acreditam que as vendas serão melhores do que em 2014, e 31,3% acham que manterão o mesmo volume. "Chama atenção o fato de entre os que acreditam que as vendas serão piores que 2014, mais de 66% apostam que a queda pode chegar a 20%", afirmou a supervisora de Estudos Econômicos da entidade, Luana Oliveira.

Para a economista, o pessimismo dos empresários está diretamente ligado à atual crise econômica, com o quadro de inflação e juros em alta. Por outro lado, ela acredita que, por coincidir com as principais liquidações de artigos de inverno, as vendas podem surpreender. "O segundo semestre tende a ser um período mais favorável para o comércio e, quem sabe, os preços mais acessíveis podem favorecer os negócios", destacou.

Medidas - Segundo a pesquisa da Fecomércio-MG, entre as medidas que os empresários podem tomar para incrementar as vendas, as promoções foram apontadas por 56,2% dos entrevistados; foram citadas também estratégias para melhorar a visibilidade da loja (vitrines), crédito facilitado e descontos em produtos específicos.

Ainda de acordo com o levantamento, para 34,3% dos empresários, o apelo emocional da data é o principal fator que leva os consumidores às compras e os preços menores respondem por 28% desse estímulo. Já os compradores enxergam nas promoções (35,1%) e nos preços baixos (28,9%) os maiores incentivos para comprar.

Por outro lado, a pesquisa aponta que somente 50,1% dos entrevistados pretendem presentear os pais em 2015. "Isso quer dizer que praticamente metade dos ouvidos não vai gastar dinheiro com presentes", ressaltou.

Esse resultado, segundo a entidade, sofre interferência de diversos fatores: 56,9% dos que não vão comprar alegam não ter a quem presentear, e 23,8% dizem não ter hábitos de adquirir a lembrança. Apenas 5,5% dos entrevistados não vão presentear por terem dívidas e 9,4% por estarem mais cautelosos neste ano.

Os dados da pesquisa evidenciaram também que 98,9% dos compradores não pretendem se endividar em função da data. E a crise econômica não é o fator mais apontado pelos entrevistados como limitador dos gastos: apenas 8,9% citaram esse motivo; 46,7% vão esperar para comprar presentes, pois avaliam que os preços ainda estão altos.


Palavras Chave Encontradas: Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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