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Valor Online ( Empresa ) - SP - Brasil - 16-07-2015 - 09:36 -   Notícia original Link para notícia
Setores mais resistentes dão alento às vendas


Larrea, da Yum! Brands: "Crise não afetou o interesse de investidores"


No primeiro quadrimestre, o faturamento dos shoppings - que hoje respondem por 19% do varejo brasileiro - avançou 6,9% em comparação ao mesmo período do ano passado. Em meio à crise econômica, os setores de alimentação, serviços, smartphones e cosméticos e perfumaria mostram-se mais resistentes e puxaram as vendas nos empreendimentos, segundo a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce).


Nos quatro primeiros meses do ano, houve alta de 16,7% nas vendas de cosméticos e perfumaria e crescimento de 16,6% nas de smartphones. As áreas de serviços diversos como cabeleireiro, chaveiro, sapateiro e conserto de aparelhos eletrônicos registraram avanço de 13,4%. Nas praças de alimentação, a alta foi de 12,7%. "O mês de maio foi um pouco mais lento e a partir de junho, as vendas nos shoppings melhoraram de forma geral. Projetamos um crescimento de cerca de 8,5% este ano", afirma Adriana Colloca, superintendente da Abrasce.


"Esses setores caminham bem, embora em velocidade menor. Apesar do cenário econômico mais difícil, não recuam nem estão estagnados", ressalta Luís Augusto Ildefonso da Silva, diretor de relações institucionais da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop). Segundo ele, o setor de serviços foi o que apresentou maior crescimento vegetativo, isto é, relacionado à abertura de novas lojas. "Os shopping centers têm ampliado o mix de serviços. Cada vez mais os cidadãos aproveitam para resolver coisas do dia a dia em um mesmo local, como lavar o carro, consertar o celular ou reformar uma roupa", explica o executivo.


De acordo com uma pesquisa da Alshop, as praças de alimentação são responsáveis por 14% do fluxo de consumidores aos shoppings.


Dentre os cases de sucesso figura a Pizza Hut. A marca está em evolução pelo modelo de franquias. Em 2014, foram inauguradas 19 lojas e, este ano, serão 25 unidades. A previsão é de um aumento do faturamento de 15% em relação ao ano passado. "O mercado de shopping centers é importante para a rede pois temos o formato Express, específico para as praças de alimentação e pretendemos expandi-lo por todo o território brasileiro. A crise não afetou o interesse de investidores no negócio", afirma Augustin Dominguez Larrea, diretor de expansão da Yum! Brands, grupo responsável pela Pizza Hut que já tem mais de 90 restaurantes.


A doceria Ofner conta com 7 lojas de rua e 16 em shoppings na cidade de São Paulo e uma em Barueri (SP). A unidade mais recente foi inaugurada no ano passado, no Shopping Villa Lobos (SP). O plano de crescimento será retomado somente em 2016. Enquanto aguarda a retomada da economia, a empresa trabalha na reformulação da marca. No primeiro semestre deste ano, houve uma redução de 3% nas vendas, apesar do resultado positivo (3%) na Páscoa. "Acreditamos em recuperação no próximo semestre, especialmente em função do Natal", avalia Laury Roman, diretor comercial da Ofner.


Com 184 lojas espalhadas pelo Brasil, a rede de restaurantes de comida típica da fazenda Divino Fogão deverá crescer mais de 15% em 2015. Seis novas unidades serão abertas este ano, atingindo um total de 190. "Nosso plano era ultrapassar 190 lojas, mas três shoppings adiaram suas inaugurações para 2016", comenta Emiliano Silva, diretor da rede Divino Fogão.


O início deste ano, segundo ele, foi bastante desafiador e a rede enfrentou uma queda no faturamento de 11%. "Muitas lojas tiveram aumento no faturamento mas outras, em municípios menores, perderam clientes porque as pessoas conseguem almoçar em casa", diz.


Para reverter essa situação, a marca tem reduzido os custos operacionais apostando na ecoeficiência como uso de lâmpadas LED, redutores de vazão de água nas torneiras e a troca de fornos. Em alguns casos, houve negociação dos valores dos aluguéis com as administradoras dos shoppings. "Com a redução de custos e a melhoria na movimentação em alguns shoppings novos já estamos melhorando os resultados. E no segundo semestre a economia sempre é mais aquecida", comenta Silva.


Na área de alimentação dos shoppings, 57% das lojas são franquias, segundo um mapeamento realizado pela Associação Brasileira de Franchising (ABF) junto com a Abrasce em 2014. "Notamos o avanço na atuação de multifranqueados, empresários que assumem diferentes marcas em um shopping, oferecendo uma variedade maior de produtos com uma gestão mais flexível", afirma Claudio Tieghi, diretor de inteligência de mercado da ABF.


De forma geral, as franquias de alimentação (food service) tiveram aumento de 12% no faturamento em 2014. No ano passado, o tíquete médio subiu 14,9%. Para 2015, segundo um estudo da ABF, a expectativa é de 10%.


Tieghi destaca que o setor de franchising avançou 9,2% no primeiro trimestre, com ênfase para alimentação, esporte, saúde e beleza com aumentos nos faturamentos na ordem de 14% e, também, comunicação, informática e eletrônicos, com alta de 11%. As franquias nos shoppings seguiram essa dinâmica.


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