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Estadão ( Economia ) - SP - Brasil - 12-07-2015 - 12:12 -   Notícia original Link para notícia
Aumenta o descompasso com o resto do mundo

O Estado de S. Paulo


12 Julho 2015 | 03h 00



A última previsão do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a evolução do PIB brasileiro em 2015, de redução de 1,5%, coincide exatamente com a de 100 economistas ouvidos semanalmente pelo Banco Central para a elaboração do relatório Focus. Para 2016, o FMI projeta uma certa recuperação, com crescimento de 0,7%, taxa ligeiramente maior que a projetada pelo mesmo grupo de economistas (0,5%).




O Fundo vem revendo para baixo de forma consistente, desde o fim de 2014, as previsões sobre o desempenho da economia brasileira. Em outubro, antes do segundo turno das eleições presidenciais, a expectativa era de uma expansão de 1,4% do PIB nacional neste ano. Na revisão de janeiro, baixou para 0,3% e, na de abril, para queda de 1%.



Com isso, alarga-se o descompasso da economia do País com a economia global, embora esta deva também encolher. Antes, previa-se crescimento de 3,5% da economia mundial, agora revisto para 3,3%, em razão do desempenho mais fraco dos países emergentes e dos EUA.



Em decorrência da queda dos preços das commodities, as projeções para os emergentes foram cortadas em 0,1 ponto porcentual, para 4,2%. Uma queda maior foi evitada pela manutenção das taxas de crescimento antes previstas para a China (6,8%), apesar da readaptação de sua economia, e da Índia (7,5%).



Prejudicada por um inverno rigoroso e pela queda dos investimentos na exploração de petróleo e gás, a economia dos EUA deve crescer 2,5% (antes previa-se 3,1%), sendo a recuperação mais lenta do que se esperava, o que tem levado ao adiamento pelo Fed da alta dos juros.



Deixando de lado a situação da Grécia, o relatório prevê que as economias dos países da zona do euro prossigam em modesta recuperação, mas considera controlada a ameaça deflacionária. Se, de um lado, os países do Oriente Médio devem continuar afetados pelas baixas cotações do petróleo, de outro, o barateamento dos combustíveis deve aumentar o consumo nos países importadores.



Ao fazer um balanço dos riscos, o FMI afirma que eles são basicamente os mesmos de três meses atrás, com instabilidade nos mercados financeiros e aumento da aversão a investimentos em países emergentes, que têm sido impactados pela evasão de capitais. Observa-se que a valorização do dólar aumenta a pressão não só sobre países endividados na moeda americana, como de suas empresas. Isso afeta o Brasil.


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