Leitura de notícia
Diário do Comércio online - BH (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 09-07-2015 - 08:59 -   Notícia original Link para notícia
Consumidor não demonstra confiança

ACSP sugere que a economia receba injeção de ânimo para reativar setores que sofrem com resultados negativos


São Paulo - O índice nacional de confiança do consumidor calculado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) caiu para 100 pontos em junho, ante 105 pontos em maio, atingindo o menor nível desde que a pesquisa foi iniciada, em abril de 2005. Valores acima de 100 pontos indicam otimismo, enquanto resultados abaixo dessa marca mostram pessimismo. Em junho do ano passado, a confiança era de 140 pontos.

"A queda na confiança do consumidor tem sido drástica desde o começo do ano. Ela nunca esteve tão perto do campo do pessimismo quanto agora. Por isso, é cada vez mais urgente que a economia receba uma pesada injeção de ânimo para reativar os setores que sofrem com os resultados negativos dos indicadores", analisa Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).

Na divisão geográfica, a confiança dos consumidores do Sudeste caiu para 90 pontos em junho, de 97 pontos em maio, também registrando uma mínima recorde. No Estado de São Paulo, a confiança recuou para 80 pontos, outro patamar inédito de queda. Na região Sul, a confiança cedeu para 100 pontos, de 107 pontos. Já no Norte/Centro-Oeste, o índice teve retração para 109 pontos, de 111 pontos. E no Nordeste houve baixa para 111 pontos, de 115 pontos. "No Nordeste, o consumidor ainda mostra-se confiante, sobretudo em função dos programas sociais. No Sul, Norte e Centro-Oeste, as quedas podem ser explicadas, em parte, pela depreciação dascommodities", analisa o presidente da ACSP.

Em relação aos grupos socioeconômicos, a classe AB se mantém como a mais pessimista, com o índice de confiança caindo para 81 pontos, de 84 pontos. Na classe C, o indicador passou para 103 pontos, de 108 pontos; e na classe DE houve retração para 109 pontos, de 116 pontos.

Futuro - Quando perguntados se sua situação financeira atual é boa, apenas 29% dos entrevistados responderam que sim em junho (ante 34% em maio). Já 46% responderam que a situação é ruim, ante 40% um mês antes. Em relação ao futuro, a percepção é um pouco melhor: 39% acreditam que estarão numa situação financeira melhor (eram 40% em maio). Por outro lado, 25% se veem em um futuro pior (de 23% em maio).

Em junho, 24% dos entrevistados disseram se sentir seguros no emprego (ante 26% em maio), enquanto 46% expressaram insegurança (de 41% um mês antes).

Por fim, a pesquisa quis saber a propensão do consumidor a comprar eletrodomésticos. Apenas 22% pensam em adquirir produtos desse tipo. Ao mesmo tempo, 58% disseram não estar à vontade para realizar essas compras. "Nos bens de maior valor, a relação é de 16% mais à vontade e 64% menos à vontade. E isso pode ser visto no atual momento de crise vivido pelos setores de carros e imóveis", diz Burti.

A pesquisa foi realizada pelo Instituto Ipsos entre os dias 14 e 30 de junho, a partir de 1,2 mil entrevistas domiciliares, em 72 municípios do País, por amostra representativa da população brasileira de áreas urbanas, com seleção probabilística de locais de entrevista e cotas de escolha do entrevistado, ambas baseadas em dados oficiais do IBGE. (AE)


Vendas devem cair no 3º trimestre


São Paulo - As vendas do varejo no Brasil devem sofrer queda de 1,2% no terceiro trimestre de 2015 ante o segundo trimestre, segundo a projeção do Programa de Administração do Varejo da Fundação Instituto de Administração (Provar-Fia) e do Instituto Brasileiro de Executivos do Varejo (Ibevar). A projeção busca antecipar o comportamento do varejo seguindo os mesmos critérios da Pesquisa Mensal do Comércio, do IBGE.

Na avaliação do professor Cláudio Felisoni de Angelo, a retração é esperada em razão de uma combinação de fatores negativos para o consumo. "A redução da massa de rendimentos real, redução do poder de compra diante da inflação e temor dos consumidores com o emprego afetam as projeções", diz.

A pesquisa detectou que, para o terceiro trimestre, aumentou fortemente a expectativa das famílias de maior desemprego no Brasil. Na amostra de 500 consumidores do município de São Paulo, a percepção combinada das pessoas indica que a sensação é equivalente a de uma elevação de 48,9% da taxa de desemprego, enquanto no terceiro trimestre de 2014 essa ainda era uma preocupação menos relevante.

A redução do poder de compra da população também é notada pelo estudo. A parcela do orçamento da população que está disponível para compras sai de 11% na pesquisa do terceiro trimestre de 2014 para 6% agora.

Com isso, segundo o estudo, caiu o número de consumidores dispostos a comprar em todas as categorias de produtos duráveis. As categorias, que incluíam linha branca, móveis, eletrônicos, vestuário, entre outros, todas estão com intenção de consumo inferior à média histórica da série que iniciou em 1999.

Entre os itens que tiveram piora mais significativa na intenção de compra estão itens de cama, mesa e banho, com redução de 73% na comparação com o terceiro trimestre de 2014. Na seqüência aparecem os eletroportáteis, com redução de 62,6% e automóveis e motos, com 49,4%.(AE)


Nenhuma palavra chave encontrada.
O conteúdo acima foi reproduzido conforme o original, com informações e opiniões de responsabilidade da fonte (veículo especificado acima).
© Copyright. Interclip - Monitoramento de Notícias. Todos os direitos reservados, 2013.