Leitura de notícia
Estado de Minas Online ( Negócios e Oportunidades ) - MG - Brasil - 05-07-2015 - 12:37 -   Notícia original Link para notícia
Objetos do desejo

Mercado de lingerie aposta em peças diferenciadas, na qualidade dos produtos e no atendimento para vencer a crise


A  lingerie teve seu boom junto com a revolução sexual dos anos 60 e atualmente é um segmento da indústria têxtil que fatura muito todos os anos. Pesquisas de mercado mostram que as mulheres que mais compram lingeries são aquelas com idade entre 35 e 54 anos. Porém, engana-se quem pensa que somente o público feminino compra lingeries, pois os homens contribuem hoje com cerca de 20% do mercado, pois escolhem modelos para as mulheres, filhas, namoradas e parentes. Segundos dados mais recentes da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção, em 2012, foram produzidas 8.146 toneladas de lingeries, importadas 2.277t, exportadas 173t e o consumo aparente de 10.249t. Em dólares, a produção naquele ano foi de US$ 944,476 milhões; a importação, US$50,193 milhões; a exportação, US$ 11,963 milhões ; e o consumo, US$ 982,707 milhões.

Acreditando no mercado, Cristina Gontijo montou há nove anos a Chris Gontijo, que conta com fábrica própria e uma loja na Região da Savassi, onde oferece produtos como lingeries, camisolas, robes de luxo, marca própria e importadas, além de promover palestras e cursos sobre sensualidade. "O nosso diferencial está na produção de lingerie de luxo com a marca própria e importadas, além do atendimento personalizado, pois a loja é fechada dentro de um prédio, no Bairro Funcionários."

Embora esteja feliz com o andamento do negócio e considerando o faturamento da empresa ótimo, mas que não revela, ela lamenta que o mercado tenha dado uma desaquecida nos últimos meses. No entanto, acredita que deve ter uma melhora até o fim do ano. "É um ramo gratificante, mas não penso em ampliação agora em virtude do momento econômico pelo qual o país está passando", afirma Chris, que emprega três pessoas. "É muito gratificante trabalhar com o público feminino, acompanhar a mulher do namoro ao casamento e filhos. Sem dizer que trabalhar com o belo, com o glamour é muito gostoso. Porém, trabalhar com o comércio é sempre um desafio diário."
Franqueada Lupo em BH, Keley Mesquita e a filha, Amanda, responsável pelo setor de marketing e informática da loja
Para abrir um negócio no ramo de lingerie, Chris acredita que o empreendedor terá de investir capital da ordem de R$ 220 mil. "Mas, no momento, não aconselho a começar nada e no futuro saber exatamente o público-alvo, local e ter muita vontade de trabalhar." Ela tenta driblar a crise promovendo cursos e criando novas peças que sejam objeto de desejo das mulheres. "Agora, as clientes ligam e recebem nas suas casas sacolas com várias opções ou a vendedora vai até o local solicitado. Isso significa mais praticidade e conforto para nossas clientes." A clientela da loja é, em sua maioria, pessoas das classes A e B.

Para Keley Mesquita, da Lupo BH Shopping, aberta há 13 anos, o mercado anda instável. São cinco lojas na cidade, que trabalham com lingeries, meias em geral, pijamas, cuecas e linha fitness (Lupo Sport). "A procura maior é pelas meias, lingeries e fitness", informa Keley, que está há 16 anos no ramo e tem 10 funcionários. "Meu marido tem 50 anos de Lupo, sendo 34 como representante comercial e 16 como franqueado. Em 1999, a Lupo nos deu a concessão para abrir a primeira franquia em BH e eu, junto com meu marido e filhos, nos tornamos franqueados Lupo em BH."

Ela acredita que o diferencial de sua loja esteja também no ótimo atendimento. "Além disso, nossa loja é bem estocada, atendendo à demanda do cliente com satisfação e excelência", garante Keley. "Para vencer nesse ramo é preciso muita dedicação, conhecimento do produto, do varejo e 'barriga no balcão', ou seja, estar sempre na loja e acompanhando passo a passo as necessidades do mercado e o trabalho das funcionárias, além de ter o feedback do cliente quanto à satisfação da marca e críticas, que são raras, felizmente."

Keley acredita que vale a pena investir no setor, mas não pensa em ampliação. "A praça já está fechada, pois tem lojas Lupo nos melhores shoppings da cidade", justifica. "Gosto muito do que faço. No meu caso, que é franquia, temos um grande suporte do nosso franqueador, que nos dá tranquilidade para trabalhar, com preços competitivos, campanhas de marketing nos melhores meios de comunicação do Brasil, além de sermos líder no mercado em nosso segmento, com uma história de 94 anos e ser empresa 100% nacional."

Ela acredita que as dificuldades ficam por conta da instabilidade do mercado. "Mesmo com o mercado instável, esperamos crescer este ano em torno de 15%, pois a Lupo é líder no mercado no segmento de lingeries, cuecas e meias. Buscamos equacionar bem as compras e fazer promoções para atrair os clientes e, ao mesmo tempo, driblar a crise do mercado. Nossos clientes, atualmente, comprando mercadorias acima de três peças têm 5% de desconto e, acima de seis, 10% de desconto em qualquer forma de pagamento."
Anna Alcici, dona da Filhinha Moda Íntima, diz que funcionários estão capacitados para lidar com a imagem e a vaidade das clientes
Anna Alcici, dona da Filhinha Moda Íntima, loja especializa em lingeries e que existe há mais de 30 anos, diz que o mercado vai bem. "Vendemos tudo que é underwear feminino e masculino. Priorizamos o excelente atendimento, opção de produtos e preço acessível para também vencer a crise que afeta todo o comércio. O mercado de lingerie lida com a imagem e vaidade, por isso é tão específico e trabalhoso e demanda conhecimento dos funcionários. Por outro lado, sempre estou na loja para orientar as clientes e dar o apoio necessário." Anna emprega duas pessoas e se diz feliz com o andamento da loja, uma vez que já tem uma clientela fidelizada. "A Filhinha é uma loja já tradicional e nossas funcionárias recebem treinamento específico e sabem tudo a respeito dos produtos que estão à venda. Isso para atender e orientar melhor os nossos clientes." A Filhinha também vende artigos masculinos, como cuecas, meias e pijamas. "Confesso que este ano o mercado deu uma retraída, mas já está retomando o seu lugar e acredito que, até o fim do ano, tudo volte ao normal. Como vendemos mais roupas usadas no dia a dia, as coisas ficam mais fáceis e as vendas caem muito pouco. Além disso, vendemos as melhores marcas nacionais."


SERVIÇO
Chris Gontijo
(31) 3281-4289
www.chrisgontijo.com.br

Lupo
(31) 3228-4050
www.lupo.com.br

Filhinha Moda Íntima
(31) 3284-1790


Nenhuma palavra chave encontrada.
O conteúdo acima foi reproduzido conforme o original, com informações e opiniões de responsabilidade da fonte (veículo especificado acima).
© Copyright. Interclip - Monitoramento de Notícias. Todos os direitos reservados, 2013.