Os casamentos continuam sendo uma boa fonte de receita para muitas empresas. Uma delas é o Lenir Maia Gourmet, especializado em bem-casados, que vê sua produção aumentar a cada mês. O bem-casado representa duas partes que se unem e são seladas pela cumplicidade e respeito mútuo. Para ter muita sorte na união ele é distribuído como brinde aos convidados. Reza a lenda que todo aquele que saborear um bem-casado será abençoado com a mesma sorte e felicidade. O fato é que, sendo lenda ou não, essa iguaria de origem portuguesa, que já tem mais de 100 anos, se tornou uma das mais tradicionais em festas de casamento

O Lenir Maia Gourmet está no mercado há oito anos e produz cerca de 65 mil bem-casados por mês, sendo que, nos meses de maio e setembro, esse número chega a 75 mil. "O mercado de casamentos não sofre tanto os efeitos da crise e, principalmente, na área de bem-casados. Uma noiva pode até diminuir os gastos com outros fornecedores, mas com os bem-casados é muito difícil. É um doce que é tradicional, que sela uma união e que fecha um casamento", explica a proprietária Lenir Maia, que emprega 20 pessoas, sendo oito na embalagem, 10 na produção e dois na manutenção.

"Oferecemos o bem-casados em mais de 100 tipos de embalagens. Além de ser um doce tradicional de lembrança das festas de casamento, hoje também é feito para festas de aniversário (bem-vividos), dados como lembrancinha de recém-nascidos (bem-nascidos), em festas de formaturas (bem-formados), festas de aniversários de empresas (bem-sucedidos), bodas de prata, ouro e diamantes (bem-unidos), batizados (bem-batizados) e até em velórios (bem-velados)", ressalta Lenir.

Ela informa que o bem-casado na versão mais tradicional tem custo de R$ 3 a unidade. "O nosso atendimento é personalizado, em um ambiente muito bacana, em uma charmosa casa no Bairro Prado, na Região Oeste de Belo Horizonte. Lá recebo as noivas e percebo o que elas querem. Temos uma gama enorme de embalagens e estamos sempre abertos a novidades e sugestões. Outro diferencial é a calda do doce, pois levei meses para chegar ao ponto ideal. O recheio é especial, com doce de leite condensado", diz Lenir.

Ela garante que vale a pena investir no ramo. "Para mim valeu muito a pena, porque é um negócio seguro e que não tem crise. É um doce que atende a todas as classes e a todo tipo de festa. Considero o faturamento ótimo. Produzimos mais de 60 mil bem-casados mês. Só não fazemos mais porque estamos no limite da nossa produção e teríamos que expandir ainda mais. Estamos muito satisfeitos com nosso rendimento e nossa produção. Para vencer nesse ramo é preciso muita paciência, dedicação e carinho com o casal. Só para chegar ao ponto da calda ideal demorei seis meses. Fiz cursos em São Paulo e até hoje aprendo algo novo. É preciso também gostar do que se faz e ter muito carinho com a noiva, que está em uma fase de muita ansiedade e precisa que tudo saia perfeito."

Lenir explica que, para quem for começar um negócio nesse ramo em casa, o investimento é pequeno, apenas em cursos, embalagens e produtos. "Cada um tem o seu jeito de começar. É um negócio que pode começar bem pequeno e expandir. Agora, para quem quiser começar maior, é preciso ter espaço para produção, armazenagem, investir em embalagens e em funcionários. O investimento em pessoal é o principal. Hoje temos uma equipe que trabalha unida e da mesma maneira. Tivemos que dar cursos."

Lenir entrega os bem-casados em várias regiões de Minas e também em outros estados, como São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Manaus, e também em outros países, a exemplo do Peru e da Venezuela.