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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Agronegócio ) - MG - Brasil - 01-07-2015 - 09:15 -   Notícia original Link para notícia
Expocafé movimenta cidade de Três Pontas

Cerca de 22 mil pessoas terão a oportunidade de conhecer as principais novidades e tecnologias para o setor



O professor da Ufla Flávio Borém no Simpósio de Mecanização da Lavoura Cafeeira, que antecedeu a Expocafé/Bruno Lavoratto / Emater / Divulgação


A cidade de Três Pontas recebe, de hoje a sexta-feira próxima, a 18ª edição da Expocafé, maior feira do agronegócio do café no Brasil. São esperados cerca de 22 mil pessoas no evento que terão a oportunidade de conhecer as principais novidades e tecnologias para o setor. Na edição do ano passado foram fechados cerca de R$ 220 milhões em negócios e os organizadores pretendem, apesar da crise, manter os números nesta edição.

Os participantes da Expocafé poderão também se inscrever em minicursos gratuitos oferecidos pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) em parceria com a Cooperativa dos Cafeicultores da Zona de Três Pontas (Cocatrel).

A programação inclui exposição de produtos e serviços para o manejo do café. Serão 150 estandes instalados na fazenda experimental da Epamig, localizada na rodovia MG-167. Técnicos da empresa de pesquisa vão demonstrar o funcionamento de máquinas e implementos.

Cafeicultor há 30 anos na cidade de Itamogi, no Sul de Minas, João Batista Marques aproveitou edições anteriores para modernizar sua lavoura. "Mecanizar o campo é fundamental para o agricultor, pois contribui para que os pés de café rendam o máximo. Na feira, temos contato com o que há de mais tecnológico para as plantações", ressaltou, em nota.

Outra preocupação do agricultor é o combate às doenças do campo. Conhecida como "olho-de-pomba", a cercosporiose tira o sono do cafeicultor João Marques. "A cercosporiose é, de longe, a pior doença. Ela pode destruir o pé e diminui bastante a produtividade".

Ciente do problema, a Epamig vai abordar esse e outros males do campo no "Ciência Móvel", ônibus transformado em laboratório que vai estacionar em Três Pontas durante toda Expocafé. No local, os cafeicultores receberão informações para o combate e controle das pragas na lavoura, protegendo assim a produção.


Produção - A safra de Minas Gerais prevista para este ano é de 23,3 milhões de sacas, equivalente à metade do que será produzido no Brasil. De janeiro a maio deste ano, a exportação de café rendeu R$ 1,6 bilhão aos agricultores mineiros. São cerca de 1 milhão de hectares plantados e 4 milhões de empregos diretos e indiretos gerados no Estado pela cafeicultura.

Pesquisadores, professores universitários, técnicos e cafeicultores se reúniram ontem na fazenda experimental da Epamig para discutir sobre tecnologia e produção mecanizada do café. O simpósio antecedeu a Expocafé e foi uma oportunidade para os inscritos fazerem intercâmbio de informações sobre o setor.


Simpósio antecede evento da cafeicultura


O planejamento de mecanização do processo produtivo do café, a adoção de medidas que permitam economia de água no processamento e a qualidade do produto final foram destacados ontem durante a 6ª edição do Simpósio de Mecanização da Lavoura Cafeeira. O evento, promovido pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) e pela Universidade Federal de Lavras (Ufla), antecedeu a abertura da Expocafé ao público, que tem início hoje.

Segundo nota da Epamg, o simpósio reuniu participantes de 10 estados brasileiros, entre pesquisadores, professores universitários, técnicos, estudantes e cafeicultores. De acordo com o coordenador do simpósio, Fábio Moreira, professor da Ufla, a realidade dos principais estados produtores de café é a mecanização de todo o processo produtivo, em função da escassa mão de obra no setor.

"No Sul de Minas, atualmente, 70% das lavouras são mecanizadas, sendo que apenas 5% da população total está disponível para a mão de obra na cafeicultura", explica. Segundo Moreira, regiões muito inclinadas como Zona da Mata mineira e Sul do Espírito Santo, ainda têm dificuldade na mecanização da colheita.

"A pesquisa, assim como as empresas desenvolvedoras de máquinas e equipamentos, tem buscado o desenvolvimento tecnológico, com foco prático. Este ano, o Espírito Santo fez sua primeira colheita comercial mecanizada do café conillon", comemorou.
Inovações - O professor da Ufla, Flávio Borém, apresentou o tema "Inovações em pós-colheita do café" destacando que os atuais desafios para o cafeicultor são a escassez de mão de obra, o custo do processamento, a escassez hídrica, a poluição ambiental e o contínuo aumento na demanda por qualidade.

"O produtor deve optar pela segmentação e buscar soluções diferenciadas para os cafés commodity, com ênfase nos custos, e especial, que se baseia na qualidade da bebida. O grande erro do cafeicultor é querer produzir café especial da mesma maneira que produz café commodity", explicou.

Os pesquisadores Sérgio Donzeles (Epamig) e Sammy Soares (Embrapa/Epamig) apresentaram procedimentos de pós-colheita, com ênfase no sistema de limpeza de águas residuárias, desenvolvido em parceria com a Epamig, Embrapa Café e Incaper.

O sistema, que é de baixo custo e pode ser construído pelo próprio cafeicultor, é constituído por caixas e peneiras e possibilita o reaproveitamento da água utilizada na lavagem dos grãos. Após a remoção de parte dos resíduos, a água pode ser reutilizada em novos processos de lavagem e descascamento do café e na irrigação de lavouras, permitindo uma economia de água superior a 50%.

"Essa água residuária é rica em material orgânico, que inviabiliza o seu descarte simples. Por outro lado, pode ser reaproveitada na nutrição de variadas espécies agrícolas", afirma Sammy.


Fornecedores mostram novidades para cafeicultura


A FMC Agricultural Solutions apresentar manejo completo para cafeicultura na 18ª edição daExpocafé. O gerente de Marketing da FMC, Flávio Irokawa, ressaltou que, nos campos demonstrativos, a empresa apresentará os resultados obtidos nas últimas safras e diferenças significativas com o uso de tecnologias desenvolvidas pela FMC.

"Com a aquisição da Cheminova, expandimos nosso portfólio para o mercado cafeeiro e, com isso oferecemos soluções que integram o manejo completo para controle de doenças e pragas na cultura, como fungicidas, inseticidas, herbicidas, adjuvantes e fertilizantes especiais. Essas soluções favorecem a capacidade produtiva, contribuem para maior proteção e rentabilidade dos cafezais e promove um realce ao sabor da bebida", ressaltou, em nota, Irokawa.

Irokawa também destacou a linha Fertís FMC, uma solução combinada de nutrição das plantas, que é utilizada para recuperação e estruturação das plantas que receberam poda ou manejo de produção ou que passaram por estresse climático. Fazem parte dessa linha, Crop e K-Humate, que contribuem e aumentam a disponibilidade de nutrientes do solo, fortalecem o sistema radicular, promovem o estímulo do crescimento da vegetação, configurando melhor porte, maior enfolhamento, melhor uniformidade da florada com pegamentos dos frutos e a planta mais sadia.

O gerente reforça que é possível atender o cafeicultor em todas as suas demandas e contribuir na sua lavoura com insumos em qualquer momento da sua plantação, com os inseticidas Warrant, indicado para manejo de Bicho Mineiro, com aplicação preventiva no solo e nufos, em aplicação foliar.

"Temos os fungicidas Impact 125 SC, eficaz no manejo da ferrugem e o Rovral, já reconhecido da FMC, que é indicado para controle de phoma e complexo das doenças da florada. Para aplicações foliares, temos os fungicidas Impact Duo e Rubric, que controlam ferrugem e doenças foliares eauthority, que possui alto poder de absorção e sistemicidade, e é excelente no controle de ferrugem e cercospora. Já o inseticida e acaricida Kraft diferencia-se por ser duas vezes mais concentrado do que as tecnologias disponíveis no mercado, e é indicado para controle de ácaro-vermelho e bicho-mineiro", ressaltou.


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