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Diário do Comércio online - BH (MG) ( DC Turismo ) - MG - Brasil - 27-06-2015 - 11:00 -   Notícia original Link para notícia
Time-share conquista a hotelaria no Brasil


A possibilidade de planejar as férias com antecedência, cotadas na moeda nacional e ainda ter a chance de escolher entre milhares de destinos dentro e fora do País, tem feito cada vez mais brasileiros optarem pelo chamado time-share, ou tempo compartilhado.

Para participar, o consumidor se associa a um clube de férias compartilhadas, em que se pode fazer o intercâmbio sem a necessidade de que outro cliente faça a viagem no sentido contrário. Do outro lado, os empreendimentos hoteleiros afiliados garantem a ocupação em semanas consideradas mais fracas.

Com 40 anos de experiência, há 15 anos no Brasil, a RCI - Resort Condominiums International - é líder mundial em time-share. Parte integrante do Wyndham Exchange & Rentals, que atua no segmento de intercâmbio de férias e é a maior empresa no segmento de aluguel de propriedades de férias, a RCI oferece acesso a mais de 4,6 mil empreendimentos em 100 países.

Na lista de afiliados brasileiros estão a Rio Quente Resorts, grupo Pestana, Beach Park, Rio Othon Palace, Marina Palace, Enotel, Casa da Montanha, Rede Tauá de Hotéis, entre outros. Em 2010, mais de 55 mil brasileiros aderiram ao sistema time-share e atualmente são mais de 89 mil famílias associadas no Brasil.

De acordo com a diretora-geral da RCI Brasil, Maria Carolina Pinheiro, cada vez mais brasileiros querem viajar nas férias, porém, eles buscam conforto, planejamento e a possibilidade de conhecer vários destinos. "A RCI é uma empresa que faz intercâmbio de férias, afiliamos empreendimentos hoteleiros que vendem pacotes de férias para os clientes finais. Quando esses clientes não querem utilizar essas semanas nesses hotéis, eles têm a oportunidade de trocar com a RCI. Somos um grande banco de espaços, que recebemos as semanas desses clientes e fazemos a troca com eles. O nosso objetivo é promover viagens", explica.


Crise - Apesar da crise econômica, a empresa continua crescendo no Brasil. Assim como aconteceu nos Estados Unidos e no México, o time-share foi visto pelos hoteleiros como uma ferramenta de venda e ativação de reservas em períodos de baixa ocupação.

"Em 2015, em termos de confirmação dos nossos associados, que são os viajantes, não tivemos nenhuma queda do orçamento planejado, ao contrário. Estamos com boas projeções e temos tranqüilidade para atingir a meta do ano. O time-share como negócio no mundo teve o seu crescimento em períodos de crise econômica. Nesses momentos, os hoteleiros começam a perceber uma maior dificuldade e pesquisam novas formas de comercialização. Por outro lado, os hoteleiros que já estão no mercado de time-share se favorecem muito nesses momentos de maior dificuldade e menor ocupação. Eles têm uma base de clientes que já venderam e, na verdade, têm que promover a utilização", afirma a diretora geral da RCI Brasil.

Já os novos negócios responderam negativamente diante da crise. O número de reservas caiu entre os parceiros da RCI, porém a entrada de novos players equilibrou novamente a balança. "Estamos em um mercado totalmente aquecido. Nosso crescimento está ancorado na base de hotéis que já são parceiros. Muitos estão indo para outros estados, lançando novos produtos e tudo isso ajuda o mercado. Se não posso dizer que todos mantiveram o número de reservas dos anos anteriores, posso afirmar que nosso crescimento é orgânico e deve manter o ritmo ainda por bastante tempo", avalia a executiva.

A legislação brasileira impõe que para vender time-share a empresa hoteleira seja proprietária ou tenha a posse do imóvel. A ideia é proteger o consumidor, garantido o cumprimento do combinado anos depois de acordo com o contrato firmado. Dessa forma, os grandes grupos, principalmente os internacionais, que só têm contratos de administração, não podem operar o modelo no País. Assim, ganham força as redes regionais. "A única imposição que fazemos é que a rede tenha unidades em destinos de lazer. O que acontece no Brasil é que muitas delas se voltaram para o público corporativo, e isso não faz muito sentido no nosso modelo de negócios", destaca.


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