Três andares inteiros destinados à gastronomia de alta qualidade, onde o cliente pode comer, comprar e aprender. Esse é o conceito do Eataly,shopping gastronômico aberto em São Paulo há um mês com investimento de R$ 40 milhões. Com DNA italiano, o principal foco são produtos da Itália. Mas, como a vocação do Eataly é mesmo a boa comida, ele também reserva parte de seu espaço aos pequenos produtores brasileiros, entre os quais se destacam algumas marcas mineiras.

O Eataly foi criado em 2007 em Turim, na Itália, com o objetivo de reunir em um só lugar os principais produtos italianos de alta qualidade, entre bebidas, carnes, queijos, doces e outros. Além disso, o mercado ficou reconhecido internacionalmente por não trabalhar com grandes indústrias e valorizar pequenos produtores.

"O Eataly valoriza o que chamamos de comida de verdade, que é aquela comida bem-feita, artesanal, com produtos frescos. Além disso, ele leva desenvolvimento e faz diferença na vida das comunidades dos pequenos produtores", explica a curadora de produtos do Eataly do Brasil, Claudia Gelpi.

A vinda para o Brasil foi possível por meio de uma parceria entre o Eataly Itália, os americanos do B&B Hospitality Group e os irmãos Adam e Alex Saper, do grupo brasileiro Saint Marche. O investimento foi de R$ 40 milhões em uma estrutura de 4.500 metros quadrados e três andares. De acordo com a curadora, o Eataly Brasil oferece restaurantes e pontos de venda dos mais diversos produtos, como carnes, café, pães e sorvete. Entre os destaques do mercado está o bar de sucos e o bar de Nutella, marca italiana de pasta de chocolate com avelã.

Infraestrutura - Ao todo, são 18 pontos de alimentação, um bar e restaurante a céu aberto, 22 departamentos de mercado e 7 mil produtos para comprar. Além disso, o Eataly também oferece uma sala de aula para a realização de cursos. "Além de ser um espaço de lazer e um ponto turístico, onde as pessoas podem comprar e comer, o Eataly também é um lugar para aprender. Temos cursos com os mais diversos temas ligados à cultura italiana e à gastronomia", explica.

A curadora acredita que o empreendimento tem boas perspectivas no País, já que o Eataly se tornou uma referência internacional em gastronomia. Além disso, ela destaca que a união de mercado e restaurante é um formato diferenciado no Brasil e chama a atenção. Claudia Gelpi explica que o principal desafio do Eataly no Brasil está no trabalho de campo para achar as preciosidades escondidas nas terras dos pequenos produtores.

"No Brasil esse trabalho é um pouco mais difícil porque o País é enorme. Fomos em comunidades de São Paulo, Minas Gerais, no Nordeste e no Sul do País e já encontramos muita coisa", comenta. Segundo ela, Minas Gerais é um dos estados que abriga muitos produtos de qualidade. Até agora, o Eataly São Paulo tem pelo menos 15 marcas do Estado de produtos como café, queijo, cachaça e doce.