Segundo pesquisa divulgada pela -BH, em 12 meses, fechados em abril, negócios do segmento caíram 1,30%
Falci: gestão equivocada do governo/Alisson J. Silva
As vendas no comércio varejista de Belo Horizonte caíram 2,07% no acumulado entre janeiro e abril deste ano em face ao mesmo período de 2014. o pior resultado desde abril de 2007, quando teve início a série histórica e reflete o mau momento econômico vivido pelo País. Os números apontam para um fechamento do ano no vermelho para o setor. Se antes as projeções eram de crescer cerca de 1%, agora se admite apresentar retração próxima de 1%.
Segundo pesquisa divulgada ontem pela de Belo Horizonte (-BH), em 12 meses, fechados em abril, a queda foi de 1,30%. Já no mês comparado com março, a retração foi de 1,35%. E no mês frente a abril do exercício anterior, a baixa foi mais alta ainda, de 4,29%.
"Os dados só mostram o que sentimos na prática. Ou seja, que sofremos o impacto de uma gestão equivocada do governo federal, que fez estrago na economia brasileira", afirma o presidente da -BH, . A baixa na economia, associada às altas apuradas na inflação, juros e inadimplência são as principais explicações para a retração das vendas.
Levando-se em conta que o resultado de abril é o pior apurado para o mês da série histórica, o mau momento supera o que ocorreu durante a crise econômica mundial. Em abril de 2009, quando o País ressentia os reflexos daquela recessão com fechamento de empresas e demissões, houve crescimento acumulado no ano de 3,3%.
Segundo Falci, a situação na época da crise anterior foi melhor por causa do mercado interno. No período, o governo adotou política de estímulo ao consumo, com redução de impostos. Como a população estava menos inadimplente, a reação foi positiva. Mas agora, o quadro é outro. De um lado, a população está endividada, o que elimina a possibilidade de haver maior consumo. Além disso, o próprio governo está adotando uma série de medidas que desestimulam o consumo, muito em função da alta da inflação.
Perspectivas - Por causa do resultado do quadrimestre, a -BH está revendo para baixo as expectativas de crescimento para este ano. No início do exercício, acreditava-se em fechar os 12 meses em dezembro com alta nas vendas de 1%. Porém, na medida em que os resultados seguem negativos, revisões estão sendo feitas pela entidade.
Para Falci, as novas previsões deverão girar em torno de uma queda de 1%. A baixa não deverá ser muito maior por causa da fraca base de comparação, uma vez que 2014 não foi um ano tão positivo, segundo o dirigente classista.
Palavras Chave Encontradas: Bruno Falci, Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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