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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Negócios ) - MG - Brasil - 20-06-2015 - 11:17 -   Notícia original Link para notícia
Copacabana Palace é destino dentro da Cidade Maravilhosa

No Brasil, rede também esta presente em Foz



O Copacabana Palace, incorporado pela Belmond, foi inaugurado na década de 1920/Divulgação


Ser mais do que um símbolo de luxo, ser uma referência de sofisticação e elegância era, desde o início, o destino do Copacabana Palace. O hotel, inaugurado na década de 1920 para receber estrelas e autoridades internacionais, se tornou um destino dentro do principal destino turístico do Brasil: o Rio de Janeiro.

Incorporado em 1989 pela Belmond Hotels - multinacional especializada em hotéis de luxo -, o Copacabana Palace é a primeira operação da rede no Brasil. Em 2009, a segunda operação passou a ser o Belmond Cataratas, em Foz do Iguaçu. Os empreendimentos no País ajudam a compor o portfólio da rede, formada por 46 hotéis, trens e cruzeiros fluviais. As experiências vão desde o Belmond Hotel Cipriani, em Veneza, até o Belmond Copacabana Palace, no Rio, passando pelo trem Venice Simplon-Orient-Express com destino ao Belmond Grand Hotel Europe em São Petersburgo, na Rússia. Ainda é possível percorrer o território da Indochina e apreciar os famosos pontos turísticos italianos.

De acordo com a diretora-presidente da Belmond Brasil Hotéis, Andrea Natal, os brasileiros formam o maior grupo de turistas nas unidades nacionais e um grupo importante nos negócios globais da rede. "Temos uma clientela brasileira forte. Rio e Foz do Iguaçu juntos têm 27% da freqüência nacional. Somente no Rio são 35%. Os principais emissores são São Paulo, o próprio Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Brasília. Entre os estrangeiros, no Copacabana, os mais freqüentes são os norte-americano e ingleses. No Paraná, os australianos têm presença muito forte. Muitos deles chegam pelo Chile e Argentina, encurtando bastante a viagem", enumera Andrea Natal.

A presença dos brasileiros está ligada não apenas ao fato de os brasileiros estarem viajando mais, mas a uma estratégia de marketing que privilegiou o hóspede nacional. "Fizemos um trabalho muito forte nesse sentido nos últimos 10 anos. "O Copa é um destino em si. As pessoas vêm para o Rio para ficar no hotel. Com 93 anos, três restaurantes premiados internacionalmente e toda a infraestrutura, é um lugar que atrai novos hóspedes que se tornam contumazes", explica a diretora-presidente da Belmond Brasil Hotéis.

No exterior, os brasileiros estão entre os cinco grupos mais importantes, respondendo por cerca de 7% dos viajantes do total. Em 2014, os destinos mais procurados foram Rússia, Peru e Itália. Em 2015, por enquanto, a Itália tem sido a preferida.

Juntas, com exceção dos trens - que em alguns casos também fazem transporte de carga -, as unidades brasileiras ocupam o segundo lugar em importância dentro da rede, respondendo por 13% do faturamento global. Em 2014, a Belmond Brasil faturou R$ 236 milhões. Sempre atentos às oportunidades, o grupo revela ter interesse em novos empreendimentos no País e prospecta parcerias especialmente no Estado de São Paulo.

"São vários os modelos de negócios feitos pela Belmond e o principal é o de parceria, quando assumimos a gestão. Temos um terreno em Búzios, mas sem previsão de construção por enquanto. O Estado de São Paulo é o de maior interesse, por enquanto, mas trabalhamos em busca de oportunidades, independentemente do lugar. Em Minas Gerais, uma região que me parece muito interesse é perto do Museu de Arte Inhotim (Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte)", afirma a executiva.

Para manter a qualidade dos serviços, especialmente dentro da categoria luxo, uma equipe qualificada e extremamente bem treinada é essencial. A baixa escolaridade média do brasileiro e a falta de domínio da língua inglesa são alguns dos maiores entraves no momento do recrutamento e seleção. "Não temos no Brasil uma mão de obra qualificada para o setor de serviços em geral. Temos que investir muito em treinamento e, em muitos casos, até importar mão de obra. Outro ponto fundamental é reter talentos. Esse é um trabalho do dia a dia. Além disso, enfrentamos o assédio sobre a nossa equipe. Ter uma passagem pelo Copacabana Palace é uma chancela dentro de qualquer currículo", destaca.


Cenário - Nem mesmo o mercado de luxo passa ao largo da crise econômica. 2015 é um ano que exige cuidado com os custos e estratégias de marketingespecíficas, na avaliação da Belmond. A meta é manter o crescimento no mesmo patamar dos anos anteriores - entre 5% e 8%. "O segredo da hotelaria é entregar mais do que o prometido", ensina.


Redução do ISSQN é essencial para quem já está em operação


A crise de superoferta da hotelaria de Belo Horizonte foi discutida na sexta-feira (19), em audiência pública realizada pela Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura, Desporto, Lazer e Turismo na Câmara Municipal.

Foram pauta o aumento da carga tributária no setor, a proposta de redução do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN), os projetos de lei 1478/15 e 1498/15, que tratam de pagamento e penalidades determinadas na Lei 9.952/2010 que instituiu a Operação Urbana de Estímulo ao Desenvolvimento da Infraestrutura de Saúde, de Turismo Cultural e de Negócios, que visava atender as demandas da Copa do Mundo, em 2014.

O tema que dominou o debate foi como tratar os empreendimentos que se beneficiaram da legislação de incentivo e não cumpriram os prazos. Se, por um lado, não cobrar multas e outras penalidades é uma injustiça com todos que cumpriram as determinações e estão no mercado enfrentando as dificuldades impostas pela crise econômica de 2015, de outro, obrigar os que ainda não entregaram as obras a entrar no mercado é diluir ainda mais uma demanda que já não ocupa os empreendimentos existentes.

"Não sou a favor da isenção de multas para as construtoras. A redução do ISSQN é essencial para quem já está em operação. Se somos uma cidade vocacionada para o turismo de negócios e eventos precisamos resolver a questão dos espaços, como o Expominas (Centro de Feiras e Exposições George Norman Kutowa) e o centro de convenções da Prefeitura", afirmou o presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Belo Horizonte e Região Metropolitana (Sindhorb), Paulo César Pedrosa.

A saída apontada deve passar por incentivos aos que já estão operando, como redução ou isenção da alíquota do ISSQN e do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) e um "desincentivo" aos que ainda não abriram suas operações para o público.

"As construções que estão paradas devem ser entregues, mas não podem ser hotéis. A multa pode ser transferida para ser aplicada nas adequações necessárias para que atendam outra atividade produtiva", sugeriu o gerente geral da rede Intercity, Marcelo Pretti.

Para continuar a discussão foi proposta a realização de um fórum nos próximos 40 dias com a presença de membros do trade e da sociedade civil organizada interessada no mercado hoteleiro, além dos órgãos públicos, a ser feito na Câmara Municipal.


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