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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 20-06-2015 - 11:10 -   Notícia original Link para notícia
Emprego no País caiu 5,4% em abril, diz IBGE


O destaque negativo ficou com meios de transporte, com queda de 10,5% no número de trabalhadores/Divulgação


Rio - O total do pessoal assalariado na indústria caiu 5,4% em abril deste ano na comparação o mesmo mês de 2014, indica a Pesquisa Industrial Mensal - Empregos e Salários (Pimes), divulgada na sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísitca (IBGE). o 43º resultado negativo seguido neste tipo de comparação e o mais intenso desde setembro de 2009, quando os empregos no setor recuaram 6,1% Já na comparação de abril de 2015 com março, a queda foi de 0,9%. o quarto resultado consecutivo, indica o IBGE.

No índice acumulado para os primeiros quatro meses deste ano, o total do pessoal ocupado na indústria recuou 4,8% na comparação com igual período de 2014. O ritmo de queda está mais acentuado do que nos últimos quatro meses de 2014, quando os empregos caíram 4,3% na mesma comparação.

Na comparação com abril de 2014, o número de empregados na indústria apresentou redução nos 18 setores pesquisados. O destaque ficou com os meios de transporte, com queda de 10,5%; produtos de metal, com 10,8%; e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações, com 12,4%.

O setor de alimentos e bebidas recuou em 2,7%; máquinas e equipamentos, 6,8%, outros produtos da indústria de transformação, 8,7%; calçados e couro, 7,9%; vestuário, 5,4%; metalurgia básica, 6,5%; refino de petróleo e produção de álcool, 7,2%; indústrias extrativas, 5,3%; minerais não-metálicos, 2,5%; papel e gráfica, 2,6%; e produtos têxteis, 2,5%.

Segundo o economista da Coordenação de Indústria do IBGE, Fernando Abritta, o mau desempenho da indústria nos setores automotivo, de insumos para a construção civil e de eletroeletrônicos vem puxando o recuo no contingente ocupado.

O ramo "meios de transporte" registrou queda de 10,5% em abril ante abril de 2014 e teve a maior contribuição para o recuo do índice. Em "máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações" a queda foi de 12,4% na mesma base de comparação e, no ramo produtos de metal", segmento que atende à demanda da construção civil, de 10,8%.

"São setores que estão sofrendo bastante com o aumento da inflação e o crédito mais caro e seletivo", disse Abritta, lembrando ainda que a baixa confiança de consumidores e empresários também dificulta o consumo e, portanto, a produção de bens duráveis.


Horas - Em abril de 2015, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria, descontadas as influências sazonais, apontou recuo de 1,1% frente ao mês anterior, segundo resultado negativo consecutivo, acumulando nesse período perda de 1,5%.

Na comparação com igual mês do ano anterior, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria mostrou redução de 6,0%, em abril de 2015, 23ª taxa negativa consecutiva neste tipo de confronto e a mais intensa desde setembro de 2009, quando o recuo foi de 6,1%. No índice acumulado no primeiro quadrimestre de 2015, o número de horas pagas na indústria recuou 5,4%, acentuando a magnitude de queda observada no último quadrimestre de 2014, de 5,0%.

Em abril de 2015, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria, já ajustado sazonalmente, mostrou recuo de 0,9%, frente ao mês imediatamente anterior, após mostrar quedas de 0,7% em janeiro, 0,6% em fevereiro, e uma ligeira variação positiva de 0,1%, em março.

Outra base de comparação mostra que a inflação elevada está corroendo os ganhos dos trabalhadores e, com isso, o custo com a folha de pagamentos na indústria registrou, em abril, a maior queda real (3,3%) no acumulado em 12 meses desde dezembro de 2003, segundo o instituto.

De acordo com Fernando Abritta, economista da Coordenação de Indústria do IBGE, no acumulado em 12 meses, o custo com a folha de pagamentos na indústria vem registrando queda desde janeiro de 2014. Em abril ante março, com ajuste sazonal, a folha de pagamento real recuou 0,9% e, ante abril de 2014, 5,3%. "A folha de pagamento vem caindo com o aumento da inflação e menor número de pessoas ocupadas", disse Abritta. (AG/AE)


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