Ministro da Fazenda se nega a falar sobre cumprimento da meta de superávit

- BRASÍLIA- O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, esquivouse novamente, ontem, de responder se a meta de superávit primário ( economia para o pagamento de juros da dívida pública) de R$ 66,3 bilhões, ou 1,13% do Produto Interno Bruto ( PIB, soma de bens e serviços produzidos no país), fixada para 2015, será revista, diante do fraco desempenho das receitas. Perguntado sobre o tema durante a divulgação das novas regras da aposentadoria, Levy reclamou da "inflação de perguntas", quando uma repórter questionou sobre a meta.

- Há uma inflação de perguntas - respondeu, provocando risos. - Eu tenho que discutir o financiamento da Previdência, que é a diminuição do gasto do governo com a desoneração. A gente quer diminuir o gasto público para chegar na meta, e tem esse gasto com a desoneração. Eu tenho que discutir como diminuir esse gasto este ano. A desoneração é um gasto do governo, que dá dinheiro às empresas para elas cumprirem as obrigações com Previdência Social. Eu tenho que correr.

Em outro momento da entrevista, ao ser perguntado novamente sobre a meta, respondeu:

- Por enquanto, a minha meta é conseguir passar o PL ( projeto de lei) da desoneração, porque isso é fundamental.