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Estado de Minas Online ( Opinião ) - MG - Brasil - 18-06-2015 - 09:45 -   Notícia original Link para notícia
Olavo Machado - Mobilização por Minas Gerais

Amanhã, em Juiz de Fora, a sociedade da região se reúne para conhecer o documento "Perspectivas de desenvolvimento para a Zona da Mata Mineira". Em coerência com a filosofia de trabalho adotada pela Fiemg, trata-se de documento suprapartidário e que tem como objetivo estimular um novo ciclo de crescimento econômico e desenvolvimento social. Nessa empreitada, é decisiva a participação de lideranças políticas mineiras, e os resultados já começam a aparecer: os deputados que representam a região na Assembleia Legislativa criaram uma frente parlamentar cuja principal missão é a defesa dos interesses da Zona da Mata Mineira.
A crença na força do trabalhado realizado de forma coesa e participativa, sempre destacada em nossas iniciativas, está presente na proposta de fortalecimento da indústria da região. O documento que vamos apresentar amanhã é o primeiro passo de uma grande caminhada que precisa contar com a efetiva participação de todos os segmentos da sociedade da Zona da Mata - na economia, na cultura, nas entidades representativas da sociedade e, sobretudo, na classe política.

A participação, entendemos, é um valor fundamental para estabelecer parcerias que cumpram a missão de sensibilizar, mobilizar e ativar as pessoas envolvidas com questões nas quais acreditam. É esse, exatamente, o foco central do documento "Perspectivas de desenvolvimento para a Zona da Mata Mineira", que, a partir de agora, será enriquecido com as contribuições da sociedade da região.

O que buscamos é a realização de um trabalho objetivo, consistente e que, ao final, contribua efetivamente para o desenvolvimento da Zona da Mata Mineira, com crescimento econômico e políticas sociais voltadas para o atendimento das aspirações da população. É compromisso que se justifica por muitas razões, todas importantes: na região, vivem mais de 2 milhões de mineiros, em 141 municípios nucleados por Juiz de Fora e que, juntos, representam 6% do nosso território. Ademais, ao longo de sua história, a região sempre ofereceu importante contribuição à economia do nosso estado e, muito especialmente, à nossa indústria.

A "Manchester mineira" é conhecida e reconhecida por seu pioneirismo em setores estratégicos para Minas, como a indústria têxtil, geração de energia e o sistema financeiro. A região está, também, nas origens da criação da Fiemg, fundada oito décadas atrás, 1933, e que teve como seu primeiro presidente uma liderança empresarial da região - José Carlos de Moraes Sarmento. Também é o berço da indústria mineira e carrega a marca empreendedora de pioneiros como Mariano Procópio e Bernardo Mascarenhas.

Hoje, a região reúne vocações e diferenciais competitivos que atestam a sua capacidade de crescer e contribuir decisivamente para o desenvolvimento do Brasil e de Minas Gerais. Os temas priorizados no documento "Perspectivas de desenvolvimento para a Zona da Mata Mineira" tratam de questões estratégicas, portanto, urgentes e inadiáveis: logística e infraestrutura; política tributária e fiscal; meio ambiente; criação da Região Metropolitana de Juiz de Fora; e desenvolvimento social.

Ainda mais relevante, são questões de resolução factível e que não podem mais ser postergadas -  é incompreensível e inaceitável que permaneçam como gargalos a impedir o progresso da região. Alguns exemplos são gritantes: a região dispõe de um novo e moderno aeroporto, construído no governo Itamar Franco - portanto, há mais de uma década, mas não pode utilizá-lo. E por que não pode? Porque falta construir alguns poucos quilômetros de estrada, que exigem recursos financeiros residuais quando comparados com os investimentos realizados na construção do aeroporto. É de pasmar!

A Zona da Mata Mineira também tem perdido inúmeras empresas que optam por encerrar atividades em nosso estado e se mudam para vizinhos fronteiriços, especialmente Rio de Janeiro e Espírito Santo. O exemplo mais recente é o de uma tradicional empresa do setor de móveis que se viu obrigada a demitir mais de uma centena de empregados em município da região. A empresa está de mudança para o Espírito Santo. Por que isso acontece? Porque a carga tributária em Minas é mais elevada do que em estados limítrofes que revisaram suas legislações tributárias exatamente para atrair mais empresas e mais investimentos.

São apenas exemplos de situações, que comprovadamente, prejudicam a competitividade da indústria mineira. A impossibilidade de utilizar o novo aeroporto e a carga tributária elevada impactam os custos de produção das empresas, expulsando-as para outros estados. E, quando vão embora, elas levam junto a riqueza que poderia ser produzida em Minas e os empregos de qualidade que poderiam ser ocupados por trabalhadores mineiros. Isso é o que queremos e precisamos - com urgência - mudar.



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