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Portal Hoje em Dia (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 17-06-2015 - 10:12 -   Notícia original Link para notícia
CDL-BH estima retração de até 0,8% no fechamento deste ano em relação a 2014

Falta de liquidez do mercado é a principal responsável pelo resultado negativo



Pelo quinto mês consecutivo, o volume de vendas do comércio de Minas Gerais fechou no vermelho. Em abril, a queda foi de 0,2% no confronto com março. O mau desempenho joga uma pá de cal nas esperanças de um resultado positivo para o acumulado de 2015.


Como reflexo, a de Belo Horizonte (-BH) estima retração entre 0,5% e 0,8% no fechamento deste ano para a capital mineira, ante 2014. O último resultado negativo apurado pela entidade foi há 9 anos, em 2006, quando houve recuo de 0,3% na comparação com 2005.


Até abril, no acumulado dos 12 meses, houve leve aumento de 0,6% na comparação com igual intervalo do ano passado, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio, divulgada nesta terça-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).


Efeito cascata


Apesar do índice positivo, é possível verificar forte retração do indicador no decorrer do ano. "Em dezembro de 2014 era de 2,6%. Agora despencou. Essa sequência indica que o segundo semestre já deve apresentar resultado negativo", afirma o analista de Economia do IBGE, Antonio Braz.


De acordo com ele, o atual cenário econômico impede crescimentos. Como exemplo, ele cita a elevação consecutiva da Selic, que está em 13,75% ao ano. O aumento progressivo da taxa básica encarece o crédito e impede que os consumidores pensem em compras de longo prazo e maior valor.


Aliada à Selic em ascensão, a inflação (acima do teto da meta estipulada em 6,5% ao ano (em 8,47% nos 12 meses), de acordo com o IBGE, corrói a renda da população, reduzindo a confiança do consumidor.


Fórmula correta


Devido às condições, as previsões da economista da -BH, Ana Paula Bastos, são pessimistas. Apesar disso, ela afirma que a fórmula utilizada pela governo federal, de somar ajuste fiscal ao aumento dos juros, é a única saída para tentar driblar o ambiente adverso. "Porém, é importante ressaltar que aumentar impostos não é solução. O governo deve começar a enxugar a máquina", ressalta.


Mais afetados


Em Minas Gerais, o setor mais afetado em abril, contra igual mês do ano passado, foi o de materiais para escritório, informática e comunicação, com queda de 22%. A retração no segmento é reflexo direto da redução nos pedidos. Em seguida, aparecem os eletrodomésticos (-19,3%) e os móveis (-14,2%). A falta de liquidez do mercado é a principal responsável pelo resultado desses setores.


No acumulado dos 12 meses, apenas dois grupos ficam no azul: artigos farmacêuticos, com alta de 4%, e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com leve crescimento de 0,8%. "Por serem produtos essenciais eles ainda se mantêm em patamar positivo. Mas a tendência é de queda", explica Antonio Braz.


7,5% foi a queda do comércio varejista ampliado em abril, na comparação com igual mês de 2014


Palavras Chave Encontradas: Câmara dos Dirigentes Lojistas, CDL
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