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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Finanças ) - MG - Brasil - 16-06-2015 - 09:52 -   Notícia original Link para notícia
Dívidas das famílias vão a 46,3%

Segundo dados do Banco Central, trata-se do pior resultados dos últimos 10 anos



Conforme o BC, o segmento responsável pela elevação do endividamento das famílias foi o de imóveis/Alisson J. Silva


Brasília - As famílias brasileiras nunca estiveram tão endividadas com o sistema financeiro nos últimos 10 anos como agora, conforme apontam dados do Banco Central sobre o tema. De março para abril, o volume de dívidas passou de 46,20% para 46,30%, o maior percentual desde janeiro de 2005, quando começa a série histórica da instituição. Até então, a taxa mais elevada havia sido registrada em fevereiro, de 46,24%. O cálculo leva em conta o total das dívidas dividido pela renda no período de 12 meses.

O BC destaca que, desde março, tanto essa série quanto a de comprometimento de renda foram recalculadas para incorporar as alterações na série da Massa Salarial Ampliada Disponível (MSAD), do IBGE. As séries também passaram a considerar as mudanças promovidas pela própria autarquia na nota de crédito.

Os dados do BC revelam que o segmento responsável pela elevação foi o de imóveis. Isso porque o total de endividamento das famílias, excluindo-se as dívidas com o setor habitacional, apresentou leve baixa de março (27,73%) para abril (27,61%).

Essa é a terceira desaceleração consecutiva do indicador e revela que é o patamar mais baixo desde janeiro de 2009, quando estava em 27,37%. Na época, as economias do Brasil e do mundo sentiam os efeitos da crise financeira internacional iniciada em meados de 2008.

Ainda segundo o BC, o comprometimento de renda das famílias com o Sistema Financeiro Nacional (SFN) ficou em 21,98% em abril - praticamente estável em relação à taxa de 21,97% vista um mês antes e de 21,98% de fevereiro. O dado é ajustado sazonalmente.


Serasa - De acordo com dados do Indicador Serasa Experian de Inadimplência, as dívidas de consumidores em atraso por mais de 90 dias, que foram as mais altas do ano em maio, superaram em 4,8% as registradas no mês anterior, quando a inadimplência teve alta de 1,8%. A taxa mais elevada desde o começo do ano até então tinha sido a de janeiro, com variação de 4,1%. No mês seguinte, em fevereiro, o índice caiu em 0,9% e voltou a subir em março com taxa de 0,2%. Comparado a maio do ano passado, os pagamentos não quitados no prazo aumentaram 14,9%. Essa mesma taxa foi registrada no acumulado de janeiro a maio sobre o mesmo período de 2014.

Na avaliação dos economistas da Serasa Experian, o avanço da inadimplência é conseqüência da elevação das taxas de desemprego, do impacto da inflação sobre a renda do consumidor e dos sucessivos aumentos das taxas de juros. As dívidas com os bancos, que aumentaram 5,5% em relação a abril, foram as que mais influenciaram no crescimento da inadimplência. O valor médio nos cinco primeiros meses do ano ficou em R$ 1.270,29 ou 0,6% acima de igual período do ano passado. (AE e ABr)


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