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Valor Online ( Brasil ) - SP - Brasil - 16-06-2015 - 09:38 -   Notícia original Link para notícia
Projeção do mercado para inflação em 2015 sobe, mas estimativa para juro é mantida

As expectativas dos participantes do mercado para a taxa de inflação deste ano se deterioraram de forma significativa, de acordo com o boletim Focus, do Banco Central, mas a aposta para a taxa de juros não foi alterada.


A mediana das estimativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2015 subiu, pela nona semana consecutiva, de 8,46% para 8,79%. A piora ocorre após a divulgação do IPCA de maio, na semana passada, que veio muito acima do esperado - 0,74% contra expectativa de 0,58%- e decepcionou quem esperava um início de desaceleração após o forte ajuste de preços administrados no início do ano.


A inflação de maio desencadeou nova rodada de ajustes para cima nas previsões do IPCA. A manutenção do tom firme do BC na ata da última reunião do Copom, também divulgada na semana passada, contribuiu para elevar as expectativas para os juros, mas esse movimento ainda não apareceu no Focus. A previsão para a Selic ficou inalterada em 14% neste ano e 12% em 2016. Também não foi alterada a aposta para o IPCA no ano que vem, em 5,5%, apesar de a expectativa em 12 meses ter subido de 5,95% para 6,1%.


Os analistas Top 5 aumentaram a previsão para a inflação neste ano, de 8,88% para 8,9%, mas reduziram a expectativa para 2016, de 6% para 5,21%. Esse grupo, o que mais acerta a previsões, não alterou as apostas para a Selic, que seguiram em 13,75% ao fim de 2015 e em 11,50% no final de 2016.


A estimativa do conjunto dos analistas do Focus para a expansão da economia brasileira em 2016 caiu, após dois meses de estabilidade e passou de crescimento de 1% para 0,90%. Para este ano, a estimativa caiu mais um pouco, de recuo de 1,30% para queda de 1,35%. Conforme piora a economia neste ano, uma parte desse enfraquecimento é "carregada" para 2016.


Os indicadores de atividade mais recentes continuam muito fracos. Houve uma forte desaceleração no consumo de combustíveis (alta de 0,7% até abril, ante alta de 5,9% no mesmo período em 2014), na venda de veículos (queda de 21% até maio) e na produção industrial dos Estados (queda em 13 de 14 regiões em abril).


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