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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Finanças ) - MG - Brasil - 13-06-2015 - 11:42 -   Notícia original Link para notícia
Cooperativas são boa alternativa

Juros nessas instituições estão 3,5 pontos percentuais abaixo dos praticados pelos bancos



Reposse: "Em momento em que os juros estão cada vez mais elevados, cresce a importância do cooperativismo"/Divulgação


As cooperativas financeiras têm sido beneficiadas pelo cenário econômico adverso e pelas sucessivas altas da taxa básica de juros (Selic), promovidas pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Para se ter uma ideia, em 2014, quando as taxas do Sistema Financeiro Nacional (SFN) variaram entre 10,75% e 11,75%, as cobradas pelas cooperativas ficaram 3,5 pontos percentuais abaixo das praticadas pelos bancos tradicionais.

E neste ano essa diferença tende a ser ainda maior, já que a Selic já se encontra em 13,75% e, conforme analistas consultados pelo Banco Central, deverá chegar a 14% até o fim deste exercício.


"É claro que todas as dificuldades enfrentadas pelo sistema financeiro tradicional são também vivenciadas pelas cooperativas. Mas, em um momento de aperto econômico, em que os juros estão cada vez mais elevados, cresce a importância do cooperativismo, que foi criado justamente para beneficiar os associados, inclusive com taxas de juros mais atraentes", explica o diretor Operacional do Sicoob Confederação, Francisco Silvio Reposse Junior.

E os frutos já estão sendo colhidos. No primeiro trimestre de 2015, as operações de crédito registraram crescimento de 13,9% em relação ao mesmo período do ano passado, atingindo R$ 31,5 bilhões. Como exemplo, o diretor Operacional lembra que somente em abril deste ano a taxa média do crédito pessoal nas cooperativas do Sicoob foi de 2,75%, enquanto que no mercado financeiro ela foi de 3,34%, de acordo com dados do Banco Central.

Já para quem usa o rotativo do cartão de crédito, a taxa nas cooperativas para pessoa física foi de 6,94% ao mês, enquanto que no mercado convencional a média ficou em 13,3%. Os juros do cheque especial também permaneceram mais atrativos em relação às demais instituições financeiras. No Sicoob, a taxa média ao mês ficou em 4,92%, bem inferior aos 10,07% cobrados pelo Sistema Financeiro Nacional. Já o valor da taxa anual ficou em 77,95% nas cooperativas e em 216,52% no SFN.


Diferenciais - Segundo Reposse Júnior, os resultados têm sido alavancados pelos diferenciais do sistema, que oferece os mesmos produtos e serviços disponibilizados pelos bancos comerciais, como cartões de crédito, conta corrente, aplicações, poupança, previdência e seguros, entre outros. Porém, com taxas e tarifas mais competitivas.

Para ele, isso é possível graças ao formato das cooperativas, que não visam lucro, direcionam seus ganhos para o pagamento de despesas e registram baixíssimo nível de calote. "Além de não visarmos ao lucro, a inadimplência também é menor, porque o cooperado é um usuário e dono da cooperativa. do interesse dele manter o sistema funcionando", justifica.

Prova disso é que a taxa média de inadimplência nas cooperativas do Sicoob em março foi de 2,05%, enquanto que no SFN ela chegou a 2,83%. No caso das pessoas jurídicas, ela somou 2,76% em março, caindo para 1,7% no que diz respeito às pessoas físicas. No SFN, as taxas ficaram em 2,1% e 3,66%, respectivamente.


Bancos elevam as taxas de financiamento


São Paulo - Os bancos subiram novamente as taxas de juros do cheque especial e do empréstimo pessoal em junho na comparação com maio, mostra pesquisa do Procon-SP realizada no último dia 1º, em sete instituições financeiras. No empréstimo pessoal, a taxa de juros média pesquisada aumentou de 6,10% ao mês para 6,15%. Já no cheque especial, a taxa cresceu 0,16 ponto porcentual, para 11,16% ao mês. Em maio, ambas tinham crescido ante abril.

No cheque especial, três das sete instituições financeiras pesquisadas elevaram a taxa de juros em junho. O maior aumento foi verificado na Caixa Econômica Federal, onde a taxa passou de 8,65% para 9,52% ao mês.

O Bradesco, por sua vez, elevou a taxa cobrada em 0,17 ponto percentual, para 10,80% no período. A outra alta foi verificada no HSBC, de 12,62% para 12,66%. Banco do Brasil, Itaú, Santander e Safra não alteraram as taxas de juros.

Já no empréstimo pessoal, apenas o Santander subiu a taxa de juros cobrada, de 7,49% em maio para 7,99% em junho. Nesse caso, a pesquisa também verificou uma queda na taxa de juros: na Caixa Econômica, de 4,40% para 4,27% ao mês. Os outros cinco bancos pesquisados (Banco do Brasil, Itaú, Safra, HSBC e Bradesco) mantiveram suas taxas de empréstimo pessoal inalteradas.(AE)


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