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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 09-06-2015 - 09:38 -   Notícia original Link para notícia
Índice de confiança do comércio recua 0,2% em maio

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) recuou 0,2% em maio ante abril, informou ontem a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Embora a confiança dos comerciantes siga em níveis mínimos, a entidade chamou atenção para o fato de maio ter registrado a menor queda, na comparação com meses imediatamente anteriores, desde setembro, com destaque para uma melhora nas expectativas.

Segundo Fábio Bentes, economista da CNC, o índice desacelerou a queda porque o subíndice de Expectativas do Empresário do Comércio (IEEC) registrou alta de 1,0% em maio ante abril. Foi o primeiro avanço, em oito meses, na comparação com o mês imediatamente anterior.

Para o economista, a inflação é a variável mais importante para os rumos do comércio no cenário atual. O primeiro semestre foi marcado por fortes reajustes de tarifas públicas, sobretudo na conta de luz, reduzindo a renda disponível para consumo. Para o segundo semestre, novos reajustes não são esperados.

"Atribuímos o aumento do otimismo na percepção de que o orçamento dos consumidores estará menos apertado no segundo semestre", afirmou Bentes, lembrando que ainda não dá para identificar uma tendência de alta, mas a alta de maio pode ser considerada "um primeiro passo".

O efeito do arrefecimento da inflação não fará muita diferença nos segmentos do varejo ligados a bens de consumo duráveis, como automóveis. Já nas farmácias e supermercados, com um pouco mais de renda disponível, o consumidor tende a conter menos os gastos, explicou Bentes.

"A variável mais importante para alavancar as vendas nesses segmentos é o preço", disse o economista. Já nos bens duráveis, lembrou Bentes, crédito e confiança também fazem a diferença.

Mesmo com a expectativa de um quadro menos ruim no segundo semestre, a CNC segue com projeção de queda de 0,4% nas vendas do varejo restrito (sem automóveis e material de construção) e de 6,0% no varejo ampliado (incluindo os dois setores). Se confirmado, será o pior desempenho do varejo desde 2003. (AE)


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