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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Finanças ) - MG - Brasil - 04-06-2015 - 11:53 -   Notícia original Link para notícia
Fluxo cambial | Saldo fica negativo em US$ 2,077 bilhões

Já no comércio exterior, resultado foi positivo e somou US$ 3,483 bi em maio, segundo dados do Banco Central



Em igual mês do ano passado, o saldo estava no vermelho em US$ 813 milhões/Carlos Severo / Fotos Públicas


Brasília - Após atingir o volume recorde de US$ 13,107 bilhões em abril, o fluxo cambial ficou negativo em R$ 2,077 bilhões em maio, informou na quarta-feira o Banco Central (BC). Em igual mês de 2014, o saldo estava no vermelho em US$ 813 milhões.

Apesar do ciclo de alta dos juros promovido pelo Comitê de Política Monetária (Copom), que pode ajudar as operações financeiras, o resultado desta conta ficou negativo em US$ 5,560 bilhões em maio.

A entrada de dólares por esse canal financeiro foi de US$ 37,687 bilhões em maio e os envios ficaram em US$ 43,427 bilhões. Ao longo de todo o ano passado, a área financeira foi a principal porta de saída de recursos do País, somando US$ 13,424 bilhões. Este segmento reúne os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, remessas de lucro e pagamento de juros, entre outras operações.

Já no comércio exterior, o saldo ficou positivo em US$ 3,483 bilhões em maio, com importações de US$ 13,568 bilhões e exportações de US$ 17,051 bilhões. Nos embarques, estão incluídos US$ 3,561 bilhões em Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC), US$ 4,298 bilhões em Pagamento Antecipado (PA) e US$ 9,236 bilhões em outras entradas.

A saída líquida de US$ 2,077 bilhões no mês passado é a maior desde dezembro de 2014, quando ela somou US$ 14,050 bilhões. Antes, apenas em fevereiro houve saída, somando US$ 1,142 bilhão. Essa fuga de recursos se dá em um momento de melhora da economia internacional, de uma certa acomodação do dólar e da proximidade ou mesmo do fim do ciclo de alta de juros promovida pelo BC desde outubro do ano passado.


Semana - Ainda de acordo com BC, na semana de 25 a 29 de maio foram iregistrados envios de recursos acima dos ingressos. O valor ficou negativo em US$ 1,281 bilhão, com destaque para o dia 26, que teve uma saída líquida de US$ 2,433 bilhões.

O segmento financeiro, que reúne operações como investimentos estrangeiros diretos e em carteira, remessas de lucro e pagamento de juros, entre outras, teve remessas líquidas de US$ 3,013 bilhões nesta semana em questão. O resultado é a diferença entre a entrada de US$ 9,642 bilhões e do envio de US$ 12,655 bilhões.

No mesmo período, no comércio exterior, o saldo ficou positivo em US$ 1,732 bilhão, com importações de US$ 3,424 bilhões e exportações de US$ 5,156 bilhões. Nas vendas externas, estão incluídos US$ 1,032 bilhão em ACC, US$ 1,396 bilhão em PA e US$ 2,728 bilhões em outras operações.


Acumulado - No acumulado deste ano até o fim de maio, o fluxo cambial soma US$ 15,794 bilhões, de acordo com dados do Banco Central. O resultado revela uma diminuição em relação à soma acumulada até abril, de US$ 17,870 bilhões. Nos primeiros cinco meses de 2014, o fluxo cambial estava positivo em US$ 4,028 bilhões.

De janeiro a maio de 2015, houve entradas líquidas de US$ 8,917 bilhões da área financeira, que reúne os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, remessas de lucro e pagamento de juros, entre outras operações. Neste segmento foram registrados ingressos de US$ 237,873 bilhões e envios de US$ 228,955 bilhões no período.

No comércio exterior, o saldo ficou positivo em US$ 6,876 bilhões nos cinco meses em questão, com importações de US$ 70,267 bilhões e exportações de US$ 77,144 bilhões. Nos embarques, estão incluídos US$ 15,948 bilhões em ACC, US$ 17,248 bilhões em PA e US$ 43,947 bilhões em outras operações. (AE)


Bancos vendidos em US$ 12,846 bilhões


Brasília - Os bancos mantiveram a posição vendida em câmbio em maio pelo 22º mês consecutivo, somando a quantia de US$ 12,846 bilhões. Em abril, por conta do forte fluxo positivo, o volume da posição vendida dos bancos foi reduzida drasticamente, para US$ 10,528 bilhões - desde dezembro do ano passado, essa posição estava na casa dos US$ 20 bilhões. Os dados foram divulgados na quarta-feira pelo Banco Central (BC).

Em dezembro do ano passado foi registrado o maior volume da série histórica iniciada em janeiro de 1994 nessa posição, de US$ 28,261 bilhões. Em janeiro, a posição vendida dos bancos foi de US$ 24,424 bilhões e, em fevereiro, de US$ 25,868 bilhões, a maior do ano. Em março, as instituições financeiras mantiveram consigo um total de US$ 23,830 bilhões.

No jargão financeiro, estar "comprado" significa, na maioria das vezes, que o mercado fez hedge de passivo cambial. A posição também pode estar atrelada à expectativa de que a cotação do dólar vai subir porque, ao ter a moeda em caixa, é possível lucrar com uma eventual alta das cotações.

Já "estar vendido" representa previsão de queda da cotação da moeda ou que se acredita que os juros internos serão mais elevados do que a valorização do dólar em determinado período. Para se ter uma referência, a taxa básica Selic estava na quarta-feira em 13,25% ao ano e ainda há dúvidas no mercado sobre o fim do atual ciclo de alta.

A base monetária encerrou maio com expansão de 1,9% na comparação com abril, pelo conceito de saldo no fim do período. Segundo informações do BC, a base monetária alcançou R$ 239,513 bilhões ao final do mês passado.

Já pelo conceito da média diária de dias úteis, a base monetária atingiu a marca de R$ 232,080 bilhões em maio, o que representa uma retração de 2,6%. A base monetária é a soma do total de papel moeda emitido com as reservas bancárias registradas pelas instituições financeiras. (AE


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