No próximo fim de semana, Belo Horizonte vai ter seu primeiro parklet, ou varanda urbana, inaugurado no Centro da cidade, na Rua Goitacases. A ideia é que, em três meses, mais cinco espaços sejam inaugurados em outras regiões, como Centro-Sul, Barreiro e Pampulha. O projeto, que foi pela primeira vez regulamentado em São Francisco, na Califórnia, tem a proposta de levar ilhas de bem-estar à paisagem urbana. A varanda ocupa o lugar de duas vagas de automóvel e é decorada com banquinhos, pequenas mesas, projetos de jardinagem e até pontos para carregar o celular. Em Belo Horizonte, cada parklet pode funcionar por dois anos no mesmo endereço.

O formato itinerante do projeto animou o sábado de sol na Rua Orenoco, no Carmo-Sion. Com participação do comércio local, galeria de arte, exposição de produtos inovadores (de cerâmicas a livros), além dos food trucks, o parklet itinerante recebeu elogios da população. Na varanda urbana, a arquiteta Adriana Fróes aproveitou para colocar o papo em dia com as amigas Carolina Tavares e Silene Diniz. "É uma ótima ideia, traz conforto para o pedestre." Já a advogada Eduarda Menezes levou as crianças Carolina, de 9 anos, e Izabele, de 8, para participarem de oficina de artes. "As varandas deveriam ter mesinhas para possibilitar maior integração entre o público", sugeriu.

Segundo a relações-públicas da galeria Rogério Fernandes, Diana Junqueira, a intenção é que os comerciantes da região se organizem para trazer uma varanda permanente para a rua. Segundo Suzana Cohen, fundadora do espaço Über, agência de pesquisa em tendências, a rua pode se tornar um polo de negócios criativos e inovadores e o parklet seria muito bem-vindo. Luamã Lacerda, idealizador do Parklet BH, diz que o preço médio das construçãos é de R$ 50 mil, mas modelos mais simples podem ser construídos a partir de R$ 20 mil.