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Valor Online ( Empresa ) - SP - Brasil - 29-05-2015 - 09:46 -   Notícia original Link para notícia
Fornecedores incrementam as rações

O crescimento dos cuidados com os pets gerou uma onda de inovação entre fornecedores nos últimos cinco anos. O resultado se expressa em segmentos como alimentação, acessórios e higiene e está chamando a atenção dos investidores.


A La Pet Cuisine e a Pet Delícia são alguns exemplos. A primeira nasceu em 2012 para fornecer alimentação natural congelada para cães. Hoje atende 12 pontos de venda e dietas sob encomenda, inclusive para gatos. São quatro pratos, com preço a partir de R$ 14,90 por 350 gramas. "Produzimos mais de 1 tonelada de alimentos por mês", diz a dona do negócio, Juliana Bechara Belo.



A Pet Delícia começou no mesmo ramo em 2011 e, dois anos depois, lançou linha de enlatados naturais para cães e gatos, que no ano passado alcançaram cerca de 400 lojas no Rio de Janeiro e em São Paulo. Para expandir o negócio, recorreu ao portal Broota para captar R$ 300 mil em investimento-anjo e atingiu 153% da meta. "Temos capacidade de produção três vezes maior que as vendas", ressalta o diretor operacional Anirudh Deb.


A fornecedora de acessórios Zeedog já nasceu com R$ 2 milhões de private equity da DXA, em 2012, com plano de negócios voltado à construção de marca, design e mercado global. Hoje desenvolve produtos como coleiras, guias, e brinquedos fabricados na China e vendidos em 20 países. Fechou 2014 com quatro quiosques franqueados no Rio de Janeiro e, em 2015, aposta na expansão do modelo, com loja de rua própria. Com 15 funcionários, o faturamento deve crescer 40% e chegar a R$ 21 milhões este ano, 20% com exportações. Tem unidade comercial e logística nos Estados Unidos, onde espera chegar com loja própria e e-commerce até 2016, quando deve inaugurar operação europeia. "O segmento vem se provando resiliente à crise", diz o fundador Rodrigo Monteiro.


A Amicus, especialista em ultrassom, também está no radar de investidores como Audax Investments. Depois de criar a primeira coleira antilatido da América do Sul, expandiu a linha com produtos para adestramento e repelentes de pernilongos, ratos e morcegos, fabricados em Santa Rita do Sapucaí (MG) e distribuídos em pet shops e no varejo on-line. "São 15 mil peças ao mês durante o verão", contabiliza o empreendedor Francisco Mecchi. A próxima novidade é o Foobler, misto de alimentador eletrônico e brinquedo.


O ramo de petiscos é outro afeito a novidades. O chocolatier Julius Kaeser lançou em 2002 a VIP Dog e hoje fabrica em Araucária (PR) sua linha de chocolates isentos de cacau e açúcar para cachorros e biscoitos premium com farinha de trigo integral. São 600 quilos ao mês, com portfólio que inclui de bombons a ovos de Páscoa. "Vendemos mais de 1 tonelada de ovos de 6 gramas, um incremento de 25%", diz Julius.


A Dog Beer nasceu em 2012 depois de parceria com o Centro Tecnológico de Alimentos e Bebidas do Senai de Vassouras (RJ), que criou um petisco líquido semelhante à cerveja, sem álcool nem gás carbônico. Além de carne e frango, este ano surgiu o sabor peixe, para gatos.


Cuidados com conforto, higiene e beleza também estão em alta. A PetMais cresceu 23% no ano passado graças a produtos como tapetes e lenços higiênicos, muitos deles patenteados. Com 150 itens em catálogo, tem complexo com 10 mil m2 e quatro prédios, um deles incendiado durante o desenvolvimento de um equipamento para reaproveitar fraldas descartáveis reprovadas no processo de fabricação de gigantes do ramo. "Produzimos 40 milhões de tiras de tapetes por ano sem usar celulose virgem", diz o presidente Odir Ferreira Filho.


A Furacão Pet celebra faturamento de R$ 14,5 milhões em 2014, expansão de 62%, mais 35% no primeiro trimestre de 2015 graças a investimentos em vendas, exportações e novos produtos, como casinhas plásticas - produtos injetados são seu carro-chefe, 95% deles para cães. "Este ano chegamos ao autosserviço e devemos chegar a R$ 24 milhões", diz o sócio-diretor Hugo Fernando Martins. O mesmo ritmo foi registrado pela Dog's Care, que investe R$ 250 mil em capacidade produtiva, hoje 750 mil unidades/mês, e novas linhas de produtos higiênicos, como fraldas e tapetes. "No ano passado, crescemos 47% e devemos faturar R$ 5 milhões em 2015", contabiliza a diretora Ana Carolina Vaz.


O luxo é outro segmento em alta. A Crystal, de Carolina Kanashiro Gomes, vende cerca de mil peças por mês de camas a roupinhas de festa para cães - um casaco de pele custa R$ 180. "Crescemos 10% em 2014", diz. A Snooze mira o mesmo nicho com móveis para cães e gatos de design elaborado, materiais nobres e preços a partir de R$ 2 mil, que serão vendidos por encomendas e em lojas de decoração. "Há carência de produtos bonitos", diz a dona da marca, a artista plástica Andrea Sandtfoss.


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