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Jornal de Araxá Online ( Últimas Notícias ) - MG - Brasil - 29-05-2015 - 10:41 -   Notícia original Link para notícia
:: Inadimplência :: Pesquisa revela que quatro a cada dez estão com nome sujo no país

Em abril, calote cresceu 5,02%, com mais de 55 milhões de devedores


Dívidas só não estão maiores porque a capacidade de consumo está comprometida


Cerca de quatro a cada dez brasileiros estão com o nome sujo. Dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revelam que, em abril, o exército de inadimplentes era de 55,3 milhões de pessoas, 5,02% a mais do que no mesmo mês do ano passado. Em Belo Horizonte, o número de devedores subiu 0,8% em relação a abril de 2014. De acordo com a economista da (-BH), Ana Paula Bastos, cada inadimplente da capital tem uma média de 2,2 dívidas.

"As dívidas só não estão maiores porque a capacidade de consumo está comprometida. Depois de uma série de incentivos ao consumo, a partir de 2012, muita gente recorreu ao crédito para comprar e, agora, não está conseguindo pagar", avalia Ana Paula. Segundo a economista, além dos juros estarem altos demais e frearem o consumo, a inflação está corroendo a renda.

A economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, explica que o dado surpreendeu o setor e que nem a restrição de crédito pelos bancos e o aumento das exigências para a concessão de empréstimos conseguiu conter a alta da inadimplência. "A economia mais fraca tem se sobreposto ao efeito da redução do crédito. O consumidor tem menos dívidas a pagar, mas o risco é mais alto", diz Marcela.

Segundo a Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), os bancos ainda são os responsáveis pela maior parcela das dívidas em atraso, com 48,43% de participação. Em Belo Horizonte, eles também são vilões. "A inadimplência nos bancos subiu 4,59%, pois é onde estão as dívidas do cartão de crédito. Em seguida, água e luz foram os que mais tiveram aumento das dívidas, com crescimento de 4,33%", informa Ana Paula.

Comparação mensal 

Em relação a março, a inadimplência no Brasil subiu 2,83%. Para o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, o dado ruim pode ser explicado pelo fraco crescimento do PIB, a elevação das taxas de juros, o aumento do desemprego e as medidas de ajuste fiscal promovidos pelo governo. "O consumidor vive a desconfiança neste momento por conta dessa instabilidade política, mas esperamos que o ajuste fiscal seja formalizado e nos traga os resultados esperados", afirma.

De acordo com Pinheiro, para o Dia das Mães, considerado o melhor momento de vendas do varejo no primeiro semestre, o setor já esperava um resultado negativo, mas as vendas foram ainda piores do que o imaginado. "Fomos surpreendidos", destaca. 

(Com agências)


Palavras Chave Encontradas: Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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