Rio - O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) subiu 0,41% na segunda prévia de maio, ante avanço de 1,16% na segunda prévia do mesmo índice de abril. A queda nos preços de soja, milho e alimentos in natura permitiu que a inflação atacadista desacelerasse ainda mais na segunda prévia do IGP-M.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 0,39% na leitura de maio, contra avanço de 1,41% no mesmo período de abril, informou ontem a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O resultado só não foi menor por conta da alta em produtos como minério de ferro e leite in natura.
Os bens finais subiram 0,53% na segunda prévia de maio, contra elevação de 0,99% em igual índice do mês passado. A maior contribuição para este movimento teve origem no subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de 0,52% para -3,71% no período. Já entre os bens intermediários (1,61% para 0,82%), o destaque coube ao subgrupo suprimentos, cuja taxa passou de 4,71% para -0,41%.
As matérias-primas brutas ficaram 0,33% mais baratas. No mês passado, o grupo havia subido 1,68%. Os itens que mais contribuíram para a desaceleração foram soja em grão (3,63% para -3,69%), milho em grão (0,71% para -6,36%) e café em grão (3,91% para -2,92%). Em sentido oposto, destacam-se minério de ferro (1,87% para 4,09%), leite in natura (2,33% para 4,77%) e algodão em caroço (1,99% para 6,48%).
Varejista - Já o alívio em preços administrados como tarifa de energia e gasolina levou a inflação varejista a subir menos na segunda prévia do IGP-M de maio. As frutas mais baratas também contribuíram para dar uma trégua ao bolso do consumidor, enquanto medicamentos e roupas ficaram mais caros neste mês, segundo a FGV.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,52% na segunda prévia de maio, após elevação de 0,67% em igual índice do mês passado. Ao todo, cinco das oito classes de despesa desaceleraram no período, com destaque para habitação (1,38% para 0,68%). Nesta classe de despesa, o maior peso veio do item tarifa de eletricidade residencial (6,03% para 1,53%).
Também perderam força os grupos alimentação (0,73% para 0,49%), educação, leitura e recreação (0,21% para -0,49%), transportes (0,12% para 0,05%) e despesas diversas (0,58% para 0,56%). As maiores contribuições partiram dos itens frutas (2,83% para -3,34%), show musical (2,91% para -7,79%), gasolina (0,41% para -0,72%) e clínica veterinária (1,33% para 0,77%), respectivamente.
No sentido contrário, aceleraram saúde e cuidados pessoais (0,92% para 1,56%), vestuário (-0,40% para 0,96%) e comunicação (-0,05% para -0,04%). Nessas classes de despesa, os destaques vieram de medicamentos em geral (1,40% para 3,95%), roupas (-0,26% para 1,13%) e pacotes de telefonia fixa e internet (0,34% para 0,60%), respectivamente.
Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,30% na segunda prévia do IGP-M de maio, após avanço de 0,72% no índice de abril. A desaceleração foi influenciada tanto pelo índice relativo a materiais, equipamentos e serviços (1,04% para 0,61%) quanto pelo custo da mão de obra 0,43% para 0,01%). (AE)
IPC-S recua em cinco capitais pesquisadasDa Redação e ABr
A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) recuou na segunda semana de maio em cinco das sete capitais pesquisadas, com destaque para Brasília, que continua com a menor inflação do País, ao fechar a semana encerrada no último dia 15 com variação de 0,42% - resultado 0,23 ponto percentual inferior à taxa média do IPC-S (0,65%). No geral, o IPC-S recuou de 0,70% para 0,65% entre os dois períodos.
Os dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV) indicam que a inflação semanal também registrou queda em Salvador, no Recife, em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Segundo nota da FGV, o Índice de Preços ao Consumidor Semanal de Belo Horizonte (IPC-S/Belo Horizonte) registrou variação de 0,95%, na apuração realizada na segunda semana de maio de 20151. O resultado foi 0,09 ponto percentual (p.p.) superior ao divulgado na primeira semana de maio, que foi de 0,86%.
Cinco das oito classes de despesa componentes do índice da capital mineeira apresentaram aceleração em suas taxas de variação, entre as quais se destacam os grupos: habitação e transportes, cujas taxas passaram de 1,29% para 1,60%, e de -0,16% para -0,01%, respectivamente.
De acordo com a FGV, a análise desse resultado de Belo Horizonte mostra que as pressões acima da variação média foram exercidas pelos grupos: vestuário, 1,93%; habitação, 1,60%, e saúde e cuidados pessoais, 1,40%.
Mostra aindam que se situaram em nível abaixo da variação média os grupos: alimentação, 0,94%; educação, leitura e recreação, 0,34%; despesas diversas, 0,22%; transportes, -0,01% e comunicação, -0,19%.
Cidades - As cidades que registraram alta no índice, da primeira para a segunda semana do mês, são Belo Horizonte, maior IPC-S do País e alta de 0,86% para 0,95%; e Porto Alegre, cuja taxa passou de 0,58% para 0,60%.
Em Salvador, capital que havia fechado a semana imediatamente anterior com a maior alta do País (1,03%), houve desaceleração de 0,11 ponto percentual da primeira para a segunda semana, mas ainda assim a capital baiana continua com o segundo maior IPC-S do país (0,92%).
Já em São Paulo, o maior parque fabril do Brasil, houve ligeiro recuo de 0,02 ponto percentual entre um período e outro. Quarta maior alta do País, junto com Porto Alegre, a capital paulista fechou a semana encerrada no último dia 15 com variação de 0,60% - resultado 0,05 ponto percentual inferior ao IPC-S médio das capitais pesquisadas.
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