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O Globo Online (RJ) ( Economia ) - RJ - Brasil - 18-05-2015 - 07:40 -   Notícia original Link para notícia
Aumenta sobrevivência das empresas brasileiras

Estudo mostra que micro e pequenos negócios estão mais capacitados para superar dificuldades nos primeiros dois anos


Obrasileiro está gerenciando de forma mais eficiente seu próprio negócio. É o que mostra o último estudo Sobrevivência das Empresas, organizado pelo Sebrae a cada dois anos. O levantamento feito há dois anos mostra que a taxa de sobrevivência das micro e pequenas empresas brasileiras (MPE) ultrapassa a casa dos 70%, em todos os setores da economia: indústria, construção civil, comércio e serviços. O estudo foi feito com base no cadastro de empresas da Receita Federal.



A cada cem empresas criadas no Brasil, quase 76 sobrevivem aos dois primeiros anos de vida (75,6%). Na pesquisa anterior, o índice foi de 73,6%. Essa foi a melhor taxa de todos os tempos, o que evidencia uma melhor capacidade das micro e pequenas empresas para superar dificuldades nos primeiros dois anos do negócio.


A taxa de sobrevivência, há dez anos, era de 50%. As micro e pequenas empresas representam 95% dos negócios no país, são responsáveis pela geração de mais da metade das vagas de empregos e representam 27% do PIB brasileiro.


FATORES IMPORTANTES


O aumento da sobrevivência dos negócios é creditado a três fatores pelo presidente do Sebrae, Luiz Barretto: legislação favorável, aumento da escolaridade e mercado fortalecido. "O ambiente legal melhorou muito desde a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa e o SuperSimples, que reduziu impostos e burocracia, ao unificar oito tributos em um só boleto. A escolaridade no Brasil aumentou e isso também tem impacto positivo sobre os empreendedores, que se planejam mais antes de iniciar um negócio e também buscam capacitação", analisa.


O primeiro passo para empreender com sucesso é preparar a entrada da empresa no mercado. Elaborar um plano de negócio e fazer uma avaliação do potencial financeiro do empreendimento são ações fundamentais para o período inicial de qualquer empresa, pois a marca ainda não é reconhecida pelo mercado, a carteira de clientes não está formada e os gestores, muitas vezes, ainda não têm experiência acumulada.


CENÁRIO EXTERNO


O que diferencia as empresas que sobrevivem por mais tempo é a boa gestão, o que se faz "da porta das empresas para dentro", pois o cenário externo será sempre igual para a maioria das empresas, afirma Barretto. "O importante é investir em planejamento, gestão, capacitação, treinamento e desenvolvimento pessoal de funcionários e do empreendedor", enumera.


O engenheiro de computação Thoran Rodrigues fundou, há quatro anos, a BigData Corp. Com um faturamento anual de R$ 5 milhões, a empresa hoje é um exemplo de empreendimento bem-sucedido. O know-how em captura e estruturação de informações da internet, com processos rápidos de coleta de dados externos para projetos, levou a empresa a conquistar mais de 40 clientes no Brasil, nos Estados Unidos e em outros países da América Latina e da Europa. A expectativa de crescimento para 2015 é de 80%.


Para o empresário, três fatores são fundamentais para se alcançar o sucesso: foco, cadência e sorte. No começo do negócio, segundo ele, a pessoa não tem uma ideia muito clara de onde quer chegar com a empresa e a tentação de expandir para várias áreas é muito grande.


"Nessa hora o foco é fundamental, pois abrir muitas frentes pode derrubar um negócio. A cadência está em nunca dar um passo maior do que a perna, respeitando o ritmo de crescimento da empresa. E a sorte vem com o trabalho duro, que cria condições para se aproveitar as oportunidades quando elas aparecem", diz.


INDÚSTRIAS TÊM MAIS CHANCE DE SUCESSO


O estudo Sobrevivência das Empresas mostra que as indústrias são as que obtêm o maior sucesso no período inicial, com índice de sobrevivência chegando a 79,9% nos dois primeiros anos de vida. Em seguida, aparecem comércio (77,7%), construção civil (72,5%) e serviços (72,2%).


Por regiões, o Sudeste tem o melhor índice (78,2%), acima inclusive da média nacional.


Em segundo lugar, vem a região Sul, com taxa de sobrevivência de 75,3%. Centro-Oeste (74%), Nordeste (71,3%) e Norte (68,9%) tiveram desempenho mais modestos.


Oito estados apresentaram desempenho acima da média nacional: Minas Gerais (81%), Paraíba (80%), Distrito Federal (80%), São Paulo (78%), Rondônia (78%), Alagoas (78%), Espírito Santo (77%) e Santa Catarina (76%).


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